Em mais um dia de alta dos bonds americanos, ontem o ativo alcançou o primeiro alvo da projeção do pivô. Com o tesouro americano subindo, quem ganha força também é o dólar, que vem subindo perante outras moedas.
Os bonds americanos de 10 anos são usados como ativo de referência para os títulos do tesouro dos Estados Unidos. Desta forma, é interessante acompanhar a cotação deste ativo, para estimar a taxa média de juros paga pelo governo americano.
O gráfico diário mostra que os bonds de 10 anos vêm trabalhando em um canal de alta desde meados de julho. Porém, na semana passada, o ativo fez um forte movimento de alta e acionou um pivô rompendo o canal para cima.
Ontem o ativo subiu novamente, alcançando assim o primeiro alvo projetado do pivô. Apesar de hoje estar corrigindo um pouco, a tendência de alta continua forte e a expectativa é que nos próximos dias os demais alvos sejam alcançados.
O gráfico semanal mostra a força da tendência. Após fazer um forte movimento de alta, o ativo corrigiu até a retração de 50%, de onde passou novamente a subir em busca do topo.
Conforme mostrado, o terceiro alvo do pivô do gráfico diário, coincide com a região de topo. Isto reforça ainda mais a hipótese de que os títulos americanos continuarão subindo pelos próximos dias.
Com os bonds americanos subindo, o dólar se fortalece perante as outras moedas.
O maior destaque fica para a moeda japonesa. O gráfico diário do dólar/yen mostra que após acionar o pivô de alta, a moeda americana subiu com força alcançando em apenas um dia o alvo de 100%. Hoje o dólar segue subindo, rumo ao terceiro alvo.
O euro também vem caindo perante a moeda americana, conforme já foi explicado no artigo “Com o euro caindo, o dólar ganha força perante outras moedas”.
Com o real não é diferente. A moeda brasileira vem perdendo valor perante o dólar nas últimas seis semanas. Neste período o dólar já subiu mais de 8%, e ontem a moeda americana subiu novamente, chegando a romper a máxima da semana passada.
Com os bonds americanos subindo e o dólar ganhando força perante outras moedas, é provável que o real continue se desvalorizando. Isso pode fazer o dólar continuar subindo, em busca do topo histórico próximo aos R$6,00.
Anderson é Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC, mas desde 2015 vem estudando e trabalhando com o mercado financeiro, a partir de 2019 passou também a atuar como educador financeiro ajudando outras pessoas a aprenderem técnicas e estratégias para se conhecerem e tirarem o melhor proveito do mercado. Apaixonado pela leitura, ela já leu centenas de livros relacionados ao mercado financeiro e desenvolvimento pessoal.