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Breakout e power breakout, sabe o que são esses padrões?

Por :
Anderson Rohweder
Atualizado: Dec 15, 2021, 13:41 UTC

Quando um ativo financeiro entra em consolidação e na sequência faz um rompimento, pode estar dando uma ótima oportunidade. Mas em uma consolidação 80% dos rompimentos falham, então o ideal é operar apenas os padrões mais confiáveis.

Breakout e power breakout, sabe o que são esses padrões?

O Breakout e o power breakout, como o próprio nome diz, se referem a padrões de rompimento. Ou seja, quando o ativo forma uma consolidação e na sequência faz o rompimento da mesma. Normalmente após esse rompimento o ativo faz um movimento direcional

É muito interessante para qualquer pessoa, que busca operar ou entender o mercado financeiro, conhecer estes padrões. Principalmente porque apresentam uma taxa de acerto que pode chegar a 80%.

Porém, para isso, é importante se atentar aos detalhes, pois não é qualquer rompimento que se enquadra como um breakout ou um power breakout. Então vamos por partes. Primeiro serão apresentados os padrões e na sequência o que está por trás dos mesmos.

Breakout

O padrão conhecido como breakout ocorre quando o ativo começa a trabalhar dentro de uma consolidação e na sequência faz o rompimento da mesma. É preciso se atentar, no entanto, ao comportamento da média móvel.

Para que o padrão seja caracterizado, o ativo deve fazer topos e fundos acima e abaixo da média móvel de 20 períodos, respectivamente.

Como mostrado, o ativo fez um forte movimento de alta e então entrou em consolidação. A média móvel aritmética de 20 períodos (MMA20) ficou “dentro” do preço, de modo que o ativo formou topos acima dela e fundos abaixo dela.

É preciso destacar, no entanto, que o último fundo foi formado sobre a MMA20. Quando o ativo voltou a subir, rompeu a resistência e fez um forte movimento para cima.

Desta forma, para identificar o padrão, é preciso se atentar ao comportamento da MMA20. Caso o ativo esteja em consolidação, mas não faça topos e fundos acima e abaixo da média, não se trata de um breakout. Além disso, antes do rompimento, sempre o ativo deve fazer um topo ou fundo sobre, ou próximo, à média.

Também vale ressaltar que se trata de um padrão de continuidade, ou seja, deve ser operado preferencialmente na tendência. Conforme mostrado no exemplo, o ativo estava em tendência de alta, formou o padrão, e rompeu para cima.

Existe ainda a possibilidade de fazer a operação na falha do breakout, que ocorre quando o padrão está sendo desconfigurado. Isto aconteceria, se no exemplo apresentado, o ativo rompesse a consolidação para baixo. Esta operação poderia ser feita, desde que o ativo estivesse muito afastado da média móvel de 200 períodos.

Mas, o ideal é buscar sempre fazer operações a favor da tendência.

Power Breakout

O power breakout recebe este nome porque indica que o ativo está em forte tendência. Assim, quando ocorre o rompimento irá fazer um movimento poderoso, por isso recebe o nome de power breakout.

O padrão ocorre quando o ativo faz um forte movimento direcional, afastando o preço da MMA20, e na sequência passa a andar de lado. Enquanto o preço fica andando de lado, a MMA20 continua seguindo em direção ao preço. Quando finalmente a média encosta no preço, o ativo dispara, fazendo novamente um movimento direcional.

Conforme mostrado no gráfico, assim que a MMA20 chegou no preço, o ativo voltou a cair com força.

O power breakout também é um padrão de continuidade e preferencialmente deve ser operado a favor da tendência.

Para identificar o padrão, é preciso observar o preço se afastar da média e então lateralizar, formando um canal horizontal. Caso o preço forme um canal inclinado na direção da tendência, poderá estar formando uma deriva. Já se o canal estiver inclinado contra o movimento anterior, o padrão formado é uma bandeira.

Quando o padrão está sendo formado, é mais interessante que o preço toque na MMA20 antes que seja realizado o rompimento. Caso isso não aconteça, ainda é possível realizar a operação, mas neste caso deve ser verificada a largura do canal.

Se o canal no qual o preço ficou andando de lado é estreito, pode ser dada a entrada na operação caso o rompimento ocorra próximo à MMA20. Mas, se o canal for largo, o ideal é esperar o ativo formar um pivô de rompimento.

Agora que os padrões foram apresentados, será explicado porque este tipo de consolidação se forma e também quais as taxas de sucesso dos padrões

Movimentos do preço

Conforme explicado pelos estudos Ralph Nelson Elliot, o preço dos ativos se movimenta em ondas. Quando a movimentação é de alta, estas ondas geram os topos e fundos ascendentes. Para a movimentação de baixa, as ondas são baixistas, gerando assim os topos e fundos descendentes.

Contudo, existem basicamente três tipos de ondas. Para simplificar, serão apresentados apenas os movimentos de alta, visto que os movimentos de baixa são os mesmos, porém contrários.

Primeiro tipo de onda

O movimento de onda mais conhecido é o do pivô.

O pivô consiste simplesmente na identificação de uma sequência de topos e fundos ascendentes.

Conforme mostrado, o ativo saiu de uma região de fundo e subiu formando um topo. Em seguida recuou até a MMA20 que serviu de suporte fazendo o preço voltar a subir. O fundo deixado sobre a média é mais alto do que o anterior, deste modo, assim que o topo foi rompido, o pivô foi acionado.

Se estiver interessado em entender o que é um pivô, sugiro a leitura do artigo “Operando um dos setups mais lucrativos da análise técnica.

Segundo tipo de onda

Outro tipo de onda que um ativo pode fazer, ocorre quando é realizado um forte movimento direcional e na sequência, ao invés de o ativo cair e fazer um fundo mais alto, simplesmente passa a andar de lado.

Assim como as ondas do mar não avançam continuamente quando a maré está subindo, um ativo financeiro também não se movimenta de forma contínua.

Quando os compradores estão no controle e fazem o preço subir, chega um momento em que alguns compradores se tornam vendedores, buscando assim realizar lucros. Neste momento, o ativo para de subir e cai um pouco, como ocorre com o pivô. Mas, é possível também que o ativo pare de subir e não caia, fazendo assim um movimento lateral.

Quando enfim os compradores voltam a dominar o preço, o ativo volta a subir dando continuidade à tendência de alta.

Esta movimentação é justamente o breakout, ou seja, o segundo tipo de onda é o breakout.

Como neste tipo de onda a força compradora permanece no controle, visto que o ativo sequer chega a cair após fazer o movimento de alta, este padrão apresenta uma taxa de acerto de até 80%.

Terceiro tipo de onda

O terceiro tipo de onda ocorre geralmente após um forte primeiro movimento.

Quando um ativo está em uma longa consolidação e faz um movimento direcional, ou ainda faz a inversão da tendência, esse movimento é considerado o primeiro, indicando que este foi o primeiro movimento da nova tendência que o ativo está tomando.

Quando é realizado um movimento forte de tendência, as vezes o “descanso” dos compradores é bem curto e o preço volta a subir em pouco tempo.

Essa barra vermelha deixada após um forte movimento de alta é conhecida como “gift”, pois se trata de um presente para quem quer realizar uma operação no ativo. Como mostrado, assim que a barra vermelha foi rompida para cima, o ativo fez outro forte movimento de alta.

O interessante é que essa barra vermelha em um tempo gráfico menor, seria exatamente o power breakout.

O gráfico usado no exemplo é de 60 minutos, por isso é observado apenas uma barra vermelha. Entretanto, no gráfico de 5 minutos, seriam observadas 12 barras andando de lado até que a média chegou no preço.

Conforme indicado pela linha branca mais fina, o preço voltou a subir assim que tocou na média. Essa linha branca representa justamente a MMA20 no gráfico de 5 minutos.

Como o power breakout também se trata de uma operação de tendência e que tem como base os princípios da análise técnica, apresenta uma ótima taxa de acerto, que fica em torno de 75%.

Para finalizar

Conhecer as bases de uma estratégia operacional sem dúvida é muito interessante. Observar os gráficos e entender a dinâmica de preços é instigante, além de ser lucrativo para quem realiza as operações.

Espero que este artigo tenha contribuído para o seu aprendizado e que este conhecimento te ajude a compreender um pouco mais os gráficos.

Caso queira continuar aprendendo sobre a análise técnica, continue acompanhando a FX Empire. A cada semana, novos artigos educacionais como este serão publicados. Se quiser continuar estudando, basta procurar por outros artigos do autor. Em todos os artigos são apresentados alguns conceitos da análise técnica.

Sobre o Autor

Anderson é Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC, mas desde 2015 vem estudando e trabalhando com o mercado financeiro, a partir de 2019 passou também a atuar como educador financeiro ajudando outras pessoas a aprenderem técnicas e estratégias para se conhecerem e tirarem o melhor proveito do mercado. Apaixonado pela leitura, ela já leu centenas de livros relacionados ao mercado financeiro e desenvolvimento pessoal.

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