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Expectativas para a reunião do COPOM

Por :
Oliver Imhof Chwang
Publicado: Sep 19, 2021, 17:59 UTC

O Brasil vem enfrentando certa turbulência no contexto econômico. A inflação vem assombrando a população, mas por outro lado, a economia parece dar bons sinais de retomada.

Expectativas para a reunião do COPOM

Nesse artigo:

Com uma inflação maior e dúvidas com relação à parte fiscal, o Banco Central provavelmente vai elevar a taxa de juro para 1% na quarta-feira (dia 22/09).

Houve uma expectativa que o aumento pudesse ser maior chegando na casa do 1,25%, mas, a princípio o BC vai manter o seu “plano de voo” para a Selic.  Assim, o BC vai aumentar mais 1% o juro em setembro.

Impactos do juro em 6,25%

Os atritos políticos e a dificuldade do governo em articular mais reformas e conseguir implementar sua agenda econômica não está ajudando na confiança do investidor.

Mesmo com o aumento do juro em 6,25%, a inflação para 2021 ainda vai terminar acima do juro, ou seja, não haverá ganho real para os investidores, somente a perda do poder de compra.

Então, é bem provável que o aumento do juro não influencie muito nos demais indicadores econômicos.

Na verdade, o impacto será sentido diretamente na captação de crédito. Empréstimos e financiamentos vão se tornar mais caros e isso pode gerar problemas para as empresas e as pessoas.

Com relação à inflação, a influência será de médio a longo prazo. É possível que a inflação medida pelo IPCA continue atingindo números altos nos próximos meses, mesmo com a alta da Selic.

Dependendo da situação hídrica e de outros problemas que possam surgir, como a crise na China, os impactos junto à economia podem se tornar elevados.

O que fazer para se defender?

Na última semana, os mercados andaram de lado, ou até caíram. O S&P 500, por exemplo, registrou queda de 0,95%, enquanto o Ibovespa caiu mais de 2,5%.

Observando um pessimismo maior no mercado, o negócio é olhar com mais carinho para ativos que são “seguros” em momentos de crise, como é o caso do dólar e do ouro.

Com a alta da Selic, uma porcentagem maior pode ser deslocada para ativos de renda fixa, como o Tesouro Selic, ou os CDBs de bancos menos, por exemplo.

Já uma parcela menor, em dólar e ouro, uma vez que ambos os ativos podem gerar grande volatilidade na carteira.

Depois, o investidor pode ficar atento a oportunidades no mercado. Uma piora maior com relação aos aspectos brasileiros ou na China, podem jogar os índices para baixo, como acontece com o Ibovespa.

Mas, se a crise ocorrer de fato com a China, então o mundo inteiro vai mergulhar em um cenário de pessimismo. Assim, a melhor coisa a se fazer é se manter líquido e aproveitar uma possível queda abrupta dos índices.

Sobre o Autor

Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.

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