Depois das manifestações que marcaram o dia 07 de setembro, o mercado terminou a quarta-feira amargando queda elevada do índice Ibovespa e de alta expressiva do dólar.
As manifestações já eram imaginadas e o pior não ocorreu. Ainda sim, com toda tensão que se instaura em Brasília, o Brasil aparenta não ter mais clima para novas reformas ou para um diálogo entre os poderes em 2021.
Se a tensão já está elevada no atual ano, quem dirá das eleições em 2022. Normalmente, em época de eleições a volatilidade do mercado fica maior, mas nessas eleições as coisas podem ficar ainda mais voláteis.
Observando o contexto complexo onde o Brasil se encontra, o mais sensato é procurar proteção para o capital.
Essa proteção pode ser encontrada em produtos de renda fixa. Primeiro é importante avaliar produtos com segurança elevada e boa liquidez, de preferência, diária.
Nesse sentido, existem as letras do Tesouro Direto, como é o caso do Tesouro Selic. Através da letra, o investidor consegue ficar posicionado em títulos públicos atrelados à Selic.
Havendo mais correções na taxa, subindo o juro, a letra e o patrimônio do investidor ganham mais tração.
CDB (Certificado de Depósito Bancários) também são opções plausíveis para o momento. Sempre procurando boas instituições que ofereçam proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Na hora de avaliar o CDB em que investir, é prudente considerar CDB’s com rendimentos atrelados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e ao CDI (Certificado de Depósito Bancário).
Os papéis que contam com juro prefixado não são tão interessantes para o momento, uma vez que a inflação pode subir ainda mais e o juro também.
Não, mas é momento de avaliar melhor a carteira de investimento e procurar alternativas para proteger o dinheiro de inflação e dólar maior.
Como o atrito entre os poderes está cada vez maior, as tensões vêm influenciando bastante no mercado.
Se o receio tomar conta dos investidores, principalmente do mercado externo, é possível que haja consequências maiores para o Brasil e para os negócios internos.
Assim, uma alta vinda pelo dólar pode sim impactar a inflação que por sua vez pode desencadear uma correção mais forte do juro.
O juro maior pode gerar impactos no orçamento e aí, as coisas podem ficar mais complicadas com relação à parte fiscal.
Uma das poucas notícias boas está vinculada à queda da dívida pública. Desde o início de 2021, a dívida bruta vem caindo e hoje está abaixo dos 84%.
Colocando tudo isso na conta, é previsível que os próximos meses serão um pouco mais voláteis e pode haver oportunidades atraentes na bolsa de valores. ETF (fundo de índices) vinculados ao Ibovespa e o índice de Small Caps podem ser boas alternativas.
Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.