Segundo dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas) a confiança do consumidor está em queda. Em Setembro a queda ficou em 6,5 pontos, chegando a patamar abaixo de abril de 2021.
Com a inflação ganhando força e passando para diferentes setores da economia, o consumo vem perdendo força.
O dinheiro recebido não consegue acompanhar a evolução dos preços e isso vai tirando o apetite do consumidor.
Em momentos de inflação alta, normalmente o inimigo é a própria taxa de juro. A taxa de juro tem um caráter restritivo e pode reduzir o consumo de produtos de alto valor, como a compra de imóveis ou veículos.
Mas com a inflação mais “entranhada” em nossa economia, os preços que vem ganhando força são de produtos de consumo básico, como os alimentos e itens de higiene.
Isso tem influenciado no hábito de consumo de todas as famílias, sem exceção. Inclusive, observando o grau de aumento da inflação, é possível que a Selic chegue a um patamar ainda mais elevado até o final de 2021.
Lembrando que até o final do ano, ainda existem mais duas reuniões. Dependendo da alta do IPCA nos próximos meses, é possível que a taxa seja elevada em mais do que 1% por reunião.
Para a bolsa subir, o cenário político precisa dar sinais de calma e a economia precisa crescer. Outro indicador que influencia é o desemprego.
Um desemprego menor significa que há mais pessoas ocupadas e mais pessoas dispostas a consumir. O desemprego maior pode reduzir ainda mais a gama de pessoas consumidoras levando a mais aperto na economia.
Outro ponto é o dólar. Nos últimos cinco dias o dólar vem subindo em mais de 1,22%. Essa alta impacta combustíveis, preços de vários produtos e demais segmentos.
Querendo ou não, o dólar maior só vai municiar ainda mais a inflação. O USD/BRL no momento está em R$ 5,32. Enquanto isso, outros mercados convivem com uma taxa de câmbio muito mais estável.
Mesmo com toda a crise provocada pela construtora Evergrande, a paridade entre o dólar e Yuan continua bem equilibrada.
O USD/CNY nos últimos cinco dias vem marcando queda de 0,0046%, com a cotação em 6,47 Yuan.
Já o EUR/USD vem marcando desvalorização de 0,0014% com uma cotação em 1,17 dólares. Com a crise provocada pela Evergrande, índices chineses vêm sofrendo bastante e isso pode ser uma oportunidade de investimento.
Para aproveitar esse momento, no Brasil existem algumas alternativas, dentre elas o ETF XINA11. Para investir no mesmo basta ter pouco menos de R$ 10,00.
O ETF XINA11 vem registrando desvalorização de 17,5% em 2021. Vale destacar que ainda em 2021, antes de eclodir a crise da Evergrande, XINA11 tinha alcançado uma valorização de mais de 22%.
Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.