O mudo está atento à crise energética na China. Se a China sofrer com a redução da produção, diminuindo as entregas e reduzindo as suas operações, o mundo sofrerá com a falta de produtos e com eventual inflação.
A inflação vai afetar todos os países, mas aqueles que estão em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, podem sofrer um impacto ainda maior.
Inflação alta no Brasil
O Brasil já vem vivendo a alta da inflação de forma recorrente em 2021. Segundo dados do próprio IBGE, o IPCA nos últimos 12 meses está em 9,68%, número que já está acima da meta e da faixa superior.
A meta para a inflação em 2021 é de 3,75%, sendo que a banda é de 1,5% para cima ou para baixo. Portanto, quando o IPCA chegou em 5,25%, ele já estava superando até a banda.
Se a China realmente reduzir sua produção isso vai gerar ainda mais impactos em nossa economia e na inflação.
Sendo assim, os investimentos precisam ser melhor avaliados no curto prazo a fim de reduzir eventual volatilidade.
O Ibovespa em 2021 já vem performando abaixo de outros índices, como é o caso do S&P 500. Já o real vem se depreciando frente ao dólar.
Em 2021, o USD/BRL vem se valorizando em 3,35%. Já outras divisas, como é o caso do USD/CNY, vem registrando desvalorização de 1,3% e o EUR/USD está em queda de 1,95%.
Mesmo com a crise energética provocada pela Evergrande, a China vem conseguindo se valorizar frente ao dólar.
Querendo ou não, isso mostra certa resiliência da economia e dos indicadores chineses frente a todas as adversidades.
O que fazer para se proteger?
Com a crescente alta da taxa de juro, Selic, um dos investimentos mais interessantes no Brasil são os CDBs e a letra do tesouro Selic.
Além disso, ainda há os fundos DI. Existem alguns fundos que possuem isenção da taxa administrativa e conseguem entregar resultados melhores, mais atraentes aos seus cotistas.
O investimento em dólar pode ser uma boa também. Ainda mais quando colocamos nessa análise a expectativa política do país.
O Brasil terá eleições presidenciais ano que vem e isso pode gerar ainda mais oscilações no mercado. Provavelmente, 2022, não será um ano bom para a bolsa.
Por último ainda existe uma menção ao ouro. Até o momento o ouro não vem performando de forma interessante, mas é notório que o metal se torna refúgio dos investidores quando as coisas pioram.
Principalmente quando algo sistêmico ocorre. Se a crise energética e uma eventual quebra da Evergrande ocorrerem simultaneamente, um pouco em ouro pode ser algo substancial, na hora de suavizar a volatilidade dos mercados.
Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.