No dia 14 de abril, o Bitcoin batia o preço de US$ 64.863,10 e estabelecia seu maior preço de negociação já registrado após subida que se iniciou em 2020. 6 meses depois, período em que chegou a encarar desvalorização de quase US$ 25 mil, o ativo atropela os US$ 66 mil e deixa boa primeira impressão às bolsas de valores.
Como a cereja do bolo dos recentes impulsos recebidos pelo Bitcoin (BTC) pós debandada chinesa, a estreia dos fundos de investimentos em futuros de BTC da ProShare na bolsa de Nova Iorque (NYSE) foi o impulso que faltava para que a criptomoeda quebrasse novamente seu próprio recorde.
Já nas primeiras horas de seu primeiro dia (19), os candles já apontavam o flerte com a quebra de recorde, ao considerar o estabelecimento do ativo na casa dos US$ 64 mil, com meio bilhão de dólares sendo movimentados por meio do “BITO” (identificação dada pela NYSE à ETF) ainda no meio da tarde.
Os números oficiais de encerramento apontaram que mais de 24,4 milhões de ações do fundo foram negociadas na bolsa intercontinental, movimentando pouco mais de US$ 1 bilhão. Com o estrondoso sucesso, o BITO, que foi aberto em US$ 40,88 a ação e fechou com mais de 4% de lucro (US$ 43,8).
Nesse fechamento, o valor oficial de negociação do Bitcoin era de US$ 64.434, menos de 1% abaixo da tão aguardada queda, patamar em que se manteve até às 14h30 (horário de Brasília) dessa quarta (20). A partir daí a história começou a ser reescrita, com um forte movimento comprador agindo em cerca de 10 minutos para levar o preço à US$ 65,621 e, uma hora depois, aos US$ 66.910,98.
O mercado de criptoativos no geral se aproveitou da primeira criptomoeda indo à público (e fazendo tanto sucesso). Depois de 5 meses, o Ether (ETH) voltou ao patamar de US$ 4 mil e flerta com o seu próprio topo histórico de US$ 4.385, enquanto praticamente todas as principais altcoins do mercado acompanharam o movimento ao operarem em alta durante o dia.
Como era de se esperar, o Bitcoin abre alas para um movimento que deve ser só o início das “aventuras” das criptomoedas em ETFs e demais modelos de negociação mais estabelecidos e tradicionais.
Pouco a pouco, outras possibilidades similares (como a própria negociação imediata de BTC, ao invés dos futuros) vão entrando em pauta e aproximando cada vez mais os criptoativos da realidade econômica mundial.
Com trabalhos de destaque no meio da comunicação desde o primeiro semestre do curso de jornalismo, Victor se aproximou da cobertura econômica ao redigir e apresentar conteúdos diários sobre o mercado para milhares de ouvintes, espectadores e internautas.