Anúncio
Anúncio

Bitcoin realiza seu potencial como “ouro virtual”

Por :
Victor Raimundi Brandao Alberto de Mello
Atualizado: Nov 12, 2021, 19:37 UTC

A queda do Bitcoin, justificada em sua maior parte pela venda em massa com objetivos de realização de lucro, se apresenta como passageira. A sustentação para essa tese vem não somente das últimas boas semanas para BTC e demais criptos, mas também da confiança que o ativo adquiriu para realizar função similar à do ouro.

Bitcoin

Nesse artigo:

Inflação americana abre mais uma porta para o Bitcoin

Pouco depois de flertar com o rompimento da barreira dos US$ 70 mil, o Bitcoin (BTC) passou por uma baixa que vai caminhando para os 8% ao meio dia da sexta-feira (12), sendo negociado na faixa dos US$ 63,3 mil.

Olhar de maneira isolada para essa movimentação pode gerar um certo desconforto, sobretudo para quem adquiriu BTCs recentemente acreditando no estabelecimento rápido de resistências acima dos US$ 70 mil idealizados.

Mas apesar do intenso movimento de vendas liderado por grandes compradores, o Bitcoin ganha protagonismo na fuga da inflação nos EUA – que bateu sua maior marca em 30 anos ao chegar à 6,2% – e se coloca como alternativa ao lado do mais tradicional dos ativos.

Ativo corrente no passado e commoditie segura no presente, o uso do ouro é comum a algum tempo na fuga de crises, sobretudo do dólar americano. Prestigiado, limitado e valioso, já serviu de refúgio nos maus momentos recentes do dólar – com seu maior exemplo sendo a alta de mais de 32% em meio à crise de 2008 – e seguirá dessa forma por muito tempo.

Contudo, na atual alta inflacionária histórica, o Bitcoin também foi apontado como alternativa para buscar a proteção aos recursos de muitos investidores, sendo um dos impulsos que jogou o ativo próximo de mais um all time high.

Momento de aprendizado para investidores mais clássicos

Apesar de também ser pioneiro em sua função econômica, além de valioso e finito, as diferenças entre o minério precioso e a moeda virtual ficam, obviamente, por conta da grande volatilidade que que o BTC apresenta.

Negativamente, a baixa atual (que indica ser temporária) é um exemplo do que a venda coletiva pode acarretar, além ainda dos possíveis problemas que o Bitcoin e demais criptomoedas podem enfrentar em aceitação e funcionamento no processo de aproximação da “realidade” também impactarem consideravelmente nos preços do mercado.

Entretanto, positivamente, existem até vantagens do BTC frente ao ouro, já que tomando como exemplo o recente recorte do último mês, trata-se de um recurso que vem em alta consistente e que vai ainda explorar muito de seu potencial.

Fora isso, sua relação com o sistema econômico vigente pode permitir até sua valorização em momentos de crises no tradicional modelo econômico. Principalmente em cenários de problemas de funcionamento estrutural, o maior dos criptoativos tem tudo para puxar o carro com as soluções que as blockchains, as estruturas das DeFis e a própria natureza dos criptos apresentam.

Sem dúvidas, trata-se de mais um passo mútuo de amadurecimento, uma vez que a população considera cada vez mais o BTC como ferramenta econômica de confiança, dando-o responsabilidades similares ao ouro, mesmo com milhares de anos de diferença entre os recursos. E é bem provável que em um curto espaço de tempo o voto de confiança seja confirmado em breve, na quebra da barreira dos US$ 70 mil que vem por aí.

Sobre o Autor

Com trabalhos de destaque no meio da comunicação desde o primeiro semestre do curso de jornalismo, Victor se aproximou da cobertura econômica ao redigir e apresentar conteúdos diários sobre o mercado para milhares de ouvintes, espectadores e internautas.

Você achou esse artigo útil?

Anúncio