Em uma semana de muitas tensões, o dólar ganha força e se valoriza perante as outras moedas, não sendo diferente com o real. Após o forte movimento de alta que o dólar fez na segunda-feira da semana passada, a moeda americana cedeu perante o real no restante da semana voltando a trabalhar na região de preços em que estava. Entretanto, com todas as tensões que rondam o mercado financeiro nesta semana, o dólar voltou a subir, acionando um pivô de alta na terça-feira, dia 27 de setembro, e alcançando o primeiro alvo com a alta de hoje.
O dólar vem trabalhando em um canal de alta desde junho deste ano, após fazer um forte movimento de baixa que veio desde seu topo histórico. A moeda americana tentou por diversas vezes romper a retração de 38,2% de todo o movimento de baixa realizado, mas estava com dificuldade para romper de forma efetiva a resistência.
Com os movimentos realizados na última semana, o dólar superou a resistência gerada pela retração de 38,2% de Fibonacci e com o pivô acionado na terça-feira, superou também a retração de 50%.
Conforme mostrado no gráfico, o alvo de 100% do pivô está coincidindo com a retração de 61,8% e pelas condições do mercado, é muito provável que o ativo alcance este alvo nos próximos dias.
Apesar de todos os esforços do Banco Central brasileiro, como os aumentos da taxa básica de juros ao longo dos últimos meses e as ofertas de swap cambial iniciadas nesta semana, o dólar continua subindo.
Pela análise técnica, a moeda americana continuará ganhando valor perante o real enquanto estiver trabalhando dentro do canal de alta. O que preocupa no entanto, é que se o dólar conseguir superar a retração de 61,8% e alcançar o alvo de 161,8% do pivô acionado esta semana, será possível afirmar que a tendência principal de baixa foi perdida, e que o ativo poderá continuar subindo até a região do topo histórico, próximo dos R$6,00.
O que pode trazer um pouco de esperança, é que no gráfico horário pode ser identificada uma grande resistência, de modo que, talvez, o dólar não consiga superar essa região e permaneça pelas próximas semanas nos níveis de preço atuais.
Conforme pode ser observado, o alvo de 100% do pivô acionado no gráfico horário coincide com o mesmo alvo do pivô do gráfico diário, que também coincide, aproximadamente, com a retração de 61,8% de Fibonacci. Ou seja, trata-se de uma zona de confluência, o que pela análise técnica é considerada uma região de forte resistência.
Caso a moeda americana alcance esta resistência e não consiga superá-la, a expectativa é que o ativo retorne e passe a trabalhar dentro das retrações de Fibonacci, identificadas pelas linhas em vermelho no g´rafico diário, ou seja, entre os valores de R$5,27 e R$5,50.
Anderson é Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC, mas desde 2015 vem estudando e trabalhando com o mercado financeiro, a partir de 2019 passou também a atuar como educador financeiro ajudando outras pessoas a aprenderem técnicas e estratégias para se conhecerem e tirarem o melhor proveito do mercado. Apaixonado pela leitura, ela já leu centenas de livros relacionados ao mercado financeiro e desenvolvimento pessoal.