O gás natural caiu mais de 7% ontem, o que fez com que o ativo fechasse abaixo das retrações de Fibonacci e do último fundo. Agora a commodity vem subindo um pouco, mas o movimento pode ser considerado apenas um pullback para voltar a cair na sequência.
O gás natural vem trabalhando em tendência de alta desde abril deste ano. No final de setembro e início de outubro, uma commodity realizou um forte movimento de alta, levando o ativo a se valorizar mais de 150% em relação ao preço em abril. Após fazer topo no início deste mês, uma commodity começou a recuar e ficou trabalhando dentro das retrações de Fibonacci do último movimento de alta.
Ontem, no entanto, o gás natural caiu com força perdendo uma região de grande suporte. Com a queda, o ativo acionou um pivô de baixa que tem como primeiro alvo o fundo de toda a alta. Hoje, apesar de estar subindo, uma mercadoria mantida trabalhando próximo à região do fundo perdido. Isso pode indicar que está fazendo apenas um retrocesso, para na sequência voltará a cair e buscar os alvos.
No gráfico, é notado que o gás natural não fez nenhum movimento de correção mais evidente desde abril. Agora, com o pivô acionado no gráfico diário, parece que o ativo pode fazer uma correção maior.
Conforme apresentado, os alvos do pivô coincidem com as retrações de todo o movimento altista criado durante a tendência de alta. Desde modo, é esperado que o ativo faça um movimento baixista em busca dos alvos, realizando assim o movimento de correção.
A análise técnica diz que um ativo pode fazer um movimento de correção, para na sequência continuar trabalhando na tendência em que se encontrava. Isso quer dizer que o gás natural pode muito bem corrigir até a retração de 61,8% de todo o movimento altista, sem perder a sua tendência principal.
O cenário global, com os receios devido a crise energética e o inverno no hemisfério norte chegando, é possível que uma commodity perceba um movimento de baixa em busca dos alvos do pivô, e na sequência volte a subir. Sem dúvidas, por se tratar de uma mercadoria que afeta diversos setores da indústria e também uma população, é possível que os governos interfiram de alguma forma no preço. Mas a regra número 1 da análise técnica diz que o preço desconta tudo, então, independentemente do aconteça, o gráfico mostrará o resultado.
Anderson é Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC, mas desde 2015 vem estudando e trabalhando com o mercado financeiro, a partir de 2019 passou também a atuar como educador financeiro ajudando outras pessoas a aprenderem técnicas e estratégias para se conhecerem e tirarem o melhor proveito do mercado. Apaixonado pela leitura, ela já leu centenas de livros relacionados ao mercado financeiro e desenvolvimento pessoal.