O IPCA de setembro saiu e ficou abaixo das expectativas. Na última sexta-feira, o IBGE divulgou o IPCA de setembro e o mesmo ficou em 1,16%. A expectativa era de 1,25%.
Mesmo registrando uma inflação menor, o IPCA dos últimos 12 meses alcançou os 10,25%. A expectativa do BC é que em setembro, o IPCA tenha alcançado o seu pico. Será que isso realmente aconteceu?
Com mais inflação e mais juro, o consumo normalmente contrai. Isso acontece porque os preços estão subindo e o juro também.
Se uma empresa pensa em incrementar seus investimentos, captando recursos com bancos, por exemplo, o momento talvez não seja o mais oportuno.
Além dos empréstimos e financiamentos estarem mais caros, os produtos e serviços vêm sofrendo com a alta da inflação.
Tudo isso vem colaborando para um cenário perigoso para o Brasil. O cenário em questão é a estagflação.
Em uma situação de estagflação o país para de crescer e mesmo assim, ainda convive com a inflação alta.
Normalmente a inflação cresce porque o consumo cresce mais do que a oferta de produtos e isso vai gerar um aumento dos preços. Geralmente, quando há um aumento do consumo a tal nível, o desemprego cai e demais índices, como o próprio PIB, cresce.
O PIB vem crescendo em parte porque em 2020 houve uma queda relevante, devido aos impactos da pandemia. Portanto, o crescimento de 2021 vem sendo influenciado por números ruins de 2020.
Em 2022 as expectativas são para um crescimento próximo dos 1,5%, por exemplo.
Sem uma certeza, se o IPCA vai continuar subindo ou não, o negócio é manter parte do patrimônio líquido e aplicado em investimentos que rendem o CDI, ou estão atrelados à Selic.
Já uma parte menor, precisa estar alocada em proteção, como é o caso do dólar. O USD/BRL em 2021 vem se valorizando em mais de 6%, com o dólar alcançado a cotação de R$ 5,51.
As expectativas para 2021 eram de queda da moeda norte-americana, uma vez que os Estados Unidos estão investindo pesado na economia e tentando se recuperar da pandemia.
Com isso, há uma grande quantidade de dólares no mercado, mas ainda sim, aqui no Brasil, o dólar não cedeu.
O EUR/USD, por exemplo, vem caindo em mais de 3,7%, cotado a 1,16 dólares. Não é só o real que vem perdendo valor.
Já o USD/CNY vem caindo 1,35% aproximadamente. O Yuan vem conseguindo se valorizar frente ao dólar, mesmo com todos os problemas referentes à Evergrande.
Como o dólar é uma moeda forte e amplamente conhecida por sua estabilidade, manter uma parcela do patrimônio alocado em fundos cambiais é uma ótima opção.
Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.