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O fenômeno Shiba Inu

Por :
Victor Raimundi Brandao Alberto de Mello
Atualizado: Oct 25, 2021, 21:15 UTC

Oriunda do mundo das memecoins, a Shiba Inu disparou rapidamente em valores, movimentações e polêmicas envolvendo seu nome. Um dos criptos mais intrigantes da atualidade, está na boca tanto de investidores mais modestos, quanto de nomes como Vitalik Buterin e Elon Musk (o que nem sempre é, necessariamente, bom.)

Vector illustration concept of Shiba Inu uptrend cryptocurrency.

Nesse artigo:

Origens

O Shiba Inu (SHIB) é um criptoativo jovem, criado em agosto de 2020, e é mais um ativo do mercado que possui um criador misterioso, simplesmente identificado como “Ryoshi”. Os amantes de coins reconhecem imediatamente a conexão com a raça canina japoneesa de mesmo nome, não à toa o animal é o símbolo da moeda.

Mas a conexão com o cachorrinho vem, na verdade, da principal “memecoin” do mercado – a DogeCoin (DOGE) – que se inspirou no conteúdo humorístico que se popularizou na internet justamente em torno de imagens de cães da raça em questão.

O Shiba Token, como também é popularmente conhecido, teve seu funcionamento diretamente moldado do ativo concorrente. Não à toa disputam o mesmo espaço de mercado, com SHIB sendo apelidado de “assassina da Dogecoin.”

Ganhando o mundo fora dos blockchains

A ascenção do SHIB começou efetivamente em 2021 e de maneira similar à outros criptos promissores do ano: com o ativo rompendo as barreiras do mundo virtual. A principal movimentação ocorreu em março, quando Vitalik Buterin, bilhonário investidor do mercado de criptos, doou cerca de 50 trilhões de SHIB – mais de US$1 bilhão na época – para o fundo indiano de combate à Covid-19.

Entretanto, quem seguiu colocando o Shiba Inu em pauta foi Elon Musk, CEO da Tesla (TSLA). Como já fez com outros ativos, como o Bitcoin (BTC) e o próprio Dogecoin, usou de sua influência e capacidade como proprietário de uma das empresas mais inovadoras do planeta para “manipular” os preços dos ativos com simples tweets. 

Se aproveitando do enorme movimento de alta do mercado na virada do mês de setembro para outubro em que o ativo já havia subido 55% após o anúncio do projeto de uma exchange descentralizada própria, Musk usou mais uma vez de seu Twitter para fazer uma “brincadeira” com seus seguidores, na qual elogiava seus cachorros – da raça Shiba Inu – e deixava subentendido o apoio e até maiores intenções com a moeda virtual.

Como resultado, os preços subirem ainda mais, batendo 240% de lucro semanal, em movimentação que impulsionou ativo a ultrapassar o volume de cotação da Ethereum (ETH) no último final de semana – US$ 15,65 bi contra US$ 15,59 bi no domingo (24) – e apontou nova alta de 50% no domingo (24).

Entretanto, mais uma vez Musk entrou em cena: também via Twitter, o empresário respondeu à seguidores que, no fim das contas, não contava com nenhuma unidade de Shiba Token em seu portifólio, impulsionando o movimento vendedor agressivo que abriu a segunda-feira (25) com baixas de até 20%.

De qualquer forma, o SHIB continua sendo um grande sucesso, sobretudo ao se considerar percentuais de lucro obtidos em 2021. No recorte de um ano, os gráficos apontam para valorização acima dos 44.000%.

A expectativa é de que seu “time” não para por aí. Isso porque além da própria equipe responsável diretamente pela manutenção do projeto, internet à fora vai mobilizando uma verdadeira “torcida” para seu sucesso.

Parando bem para pensar: apesar de não ser garantia de sucesso, a equação composta por um ativo extremamente barato (US$0.0000414 a coin na cotação do início da tarde do dia 25), popular e novo: com um público extremamente engajado e também jovem, dá à Shiba Inu um combustivel de alta validade e capacidade de combustão para superar problemas e impulsionar os bons momentos.

Mesmo que seu próprio ecossistema ainda tenha muito a evoluir ainda, é fato que ainda ouviremos bastante do cripto que começou como resposta à brincadeiras, mas se transformou rapidamente em algo muito sério.

Sobre o Autor

Com trabalhos de destaque no meio da comunicação desde o primeiro semestre do curso de jornalismo, Victor se aproximou da cobertura econômica ao redigir e apresentar conteúdos diários sobre o mercado para milhares de ouvintes, espectadores e internautas.

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