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O fim do teto de gastos?

Por
Oliver Imhof Chwang
Publicado: Oct 22, 2021, 02:05 GMT+00:00

A PEC 23/2021 dos Precatórios, recebeu um adendo, trazendo uma alteração no cálculo da atualização do teto de gastos.

O fim do teto de gastos?

Com as mudanças propostas na PEC, o governo federal terá como ampliar seus gastos e assim, financiar o programa social Auxílio Brasil.

A manobra de alteração do teto de gastos visando à ampliação do programa social é vista com receio no mercado financeiro.

A ideia do teto de gastos

O teto de gastos tinha como ideia, mostrar a austeridade do governo brasileiro junto às contas públicas.

Ao delimitar um teto para os gastos, existe a ideia que o governo não poderá gastar mais do que o limite do teto.

Desse modo, existe a necessidade do governo analisar bem os seus gastos e investir de forma coerente, tentando alcançar a melhor performance da máquina pública.

Outra ideia do teto é de gerar maior credibilidade do Brasil, junto ao mercado financeiro mundial.

Com a adoção do teto como medida protetora das contas públicas, qualquer governo que assumir o Brasil, terá que respeitar o teto para não incorrer no crime de responsabilidade fiscal.

Enfim, por mais que o teto seja algo limitador e de difícil manuseio, ele existe para gerar mais segurança aos investidores e a própria manutenção da máquina pública.

O que significa a alteração no teto de gastos?

A mensagem captada pelo mercado financeiro, com a possível alteração no teto de gastos, é a seguinte: “o governo pode articular alterações, na tentativa de conseguir aumentar o limite e gastar mais”.

Ou seja, a ideia do teto perde força uma vez que o governo consegue junto ao congresso nacional, realizar alterações, cujo impacto vai proporcionar o aumento de gastos.

Por mais que o projeto tenha apelo social, os impactos econômicos são relevantes. Não somente pelos valores que serão investidos no programa, mas sim pela credibilidade do controle fiscal.

Como a inflação vem sendo detectada em mais países além do Brasil, a injeção de mais recursos, vai ajudar aqueles necessitados, mas vai trazer ainda mais procura no mercado.

Se o mercado não oferecer oferta a toda procura, é possível que os preços fiquem ainda maiores, fato que vai desencadear mais inflação.

Do outro lado, o BC provavelmente vai agir por meio do juro. A falta de credibilidade poderá proporcionar a debandada de dinheiro do Brasil, motivo para um USD/BRL ainda maior.

E tudo isso, pode inevitavelmente, colaborar para mais inflação. O momento atual é de bastante cautela.

O investidor precisa ficar atento a proteções na carteira, além de eventuais oportunidades. Principalmente na renda variável, uma vez que a tendência é de queda da bolsa e dos índices brasileiros.

Sobre o Autor

Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.

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