Anúncio
Anúncio

O “vai ou racha” da Ada Cardano começou

Por :
Victor Raimundi Brandao Alberto de Mello
Atualizado: Sep 28, 2021, 19:05 UTC

Após muitas expectativas, questionamentos e movimentações, o hardfork da Ada Cardano foi concluído e pode ser considerado um sucesso. Em meio ao caos no mercado proposto pela China, os responsáveis pela moeda-sensação de 2021 apostam nas novas possibilidades abertas pela atualização “Alonzo” para manter o projeto em alta.

O “vai ou racha” da Ada Cardano começou

Nesse artigo:

Reações em meio à tempestade

É bem verdade que a Ada Cardano (ADA) e seus investidores viveram uma montanha russa de emoções entre o final do mês de agosto e o começo de setembro. Após a moeda bater a marca dos US$ 3, um reajuste natural já era esperado.

Entretanto, o movimento de venda coincidiu com o vazamento de receios de programadores que faziam os primeiros testes na atualização da moeda, enquanto para para completar, a baixa se arrastou até a estreia do Bitcoin (BTC) em El Salvador, responsável por uma queda generalizada nos preços de criptoativos. Os golpes foram duros e seu patamar de preço definitivamente mudou. Após cruzar a barreira dos US$ 3, agora a moeda flutua muito mais próxima da casa dos US$ 2.

Agora, uma nova prova de resistência após breve respiro com a confirmação do sucesso da atualização: os ataques do governo chinês escalaram rapidamente e agora tanto mineração, quanto qualquer tipo de negociação e incentivo às criptomoedas são ilegais na segunda maior potência econômica mundial.

Como era de se esperar, mais uma vez tivemos reflexos severos no mercado. Só que além da boa reação (dentro do possível) dos criptoativos como um todo pós-anúncio, o CEO da Cardano, Charlie Hoskinson e seus programadores decidiram enfiar o pé no acelerador e aproveitar ao máximo das possibilidades disponíveis via contratos inteligentes.

Apostas na mesa

O primeiro e mais agressivo movimento foi em direção aos aspectos que permeiam a DeFi. A movimentação acompanha não somente o movimento natural dos ativos que buscam a estabilização definitiva no mercado ao se aprimorarem para operações econômicas, como também segue roteiro similar ao da Ethereum (ETH) – moeda-alvo da Cardano.

No movimentado Cardano Summit 2021, finalizado no último domingo (26), um dos principais destaques ficou para o anúncio da criação de uma stablecoin para servir de base em suas transações, a ‘Djed’. A ideia é que por meio dos estabelecimentos de contratos inteligentes, a moeda possa auxiliar preenchendo os espaços no pagamento de taxas, reforçando ainda mais a liquidez dos procedimentos e sua previsibilidade/segurança.

Também de suma importância foi o anúncio da parceria da rede Cardano com a Chainlink, trazendo oracles de eficácia já comprovada no mercado para o seu universo.

A parceria eleva as possibilidades de contratos híbridos na blockchain da moeda ao garantir, por meio dos sistemas que orbitam a Chainlink, o cruzamento de informações atualizadas em tempo real, de maneira segura e de nível institucional dos mais diferentes contextos imaginados.

De oscilações percentuais econômicas, estatísticas variadas de eventos esportivos e até, que sabe, previsão do tempo, tudo o que for “filtrado” e confirmado pelo ecossistema da Chainlink estará à disposição dos apps originários da rede Cardano.

Mais cedo no Summit, foram revelados também os planos da Input Output (IOHK), responsável pela rede de blockchain do ativo, referentes ao programa de certificação para projetos interessados em integrarem a rede, bem como a construção de uma dApp Store.

Ao atacar também o âmbito dos aplicativos descentralizados, a IOHK quer garantir segurança e qualidade para os posteriores usuários das ferramentas estabelecidas. Empresas especializadas em auditorias farão as verificações da integridade dos projetos – se estão seguindo as diretrizes propostas e, principalmente, se há algum malware escondido ou alguma cláusula camuflada que venha prejudicar usuários.

Com este processo bem ajustado, a ideia é que qualquer um possa acessar via navegador a “Plutus dApp Store”. Criadores poderão fazer o upload de seus projetos na plataforma, que servirá como um mostruário das múltiplas possibilidades oferecidas pela Cardano.

Por fim, o sistema vai mostrando também suas primeiras grandes atividades envolvendo a emissão de NFT’s. Abraçando o que é próximo entre a exclusividade do mundo da arte e os tokens não-fungíveis, foram emitidas na rede Cardano uma coleção de tokens que envolverão novas músicas de Billy Gibbons, vocalista da banda ZZ Top, icônica banda de Blues Rock formada no começo da década de 70.

Essa última ação, aliás, converge com um dos pontos em que a Ada Cardano e todo seu projeto se destaca de muitos concorrentes: poucas moedas souberam aproveitar tão bem a visibilidade oriunda dos momentos de alta para transforma-la em marketing.

Em partes, foi com uma colocação clara no mundo off-chain que a Cardano se manteve relevante em meio ao caos recente. O batismo de fogo “oficial” já foi concluído, e com novidades como as destacadas recentemente, o caminho também está traçado. Resta agora acompanhar com atenção para saber se o projeto já encontrou seu limite, ou se realmente a pedra do sapato da Ethereum está ganhando forma e assumirá o potencial esperado.

Sobre o Autor

Com trabalhos de destaque no meio da comunicação desde o primeiro semestre do curso de jornalismo, Victor se aproximou da cobertura econômica ao redigir e apresentar conteúdos diários sobre o mercado para milhares de ouvintes, espectadores e internautas.

Você achou esse artigo útil?

Anúncio