Ao longo de 2020, o ouro se valorizou muito no Brasil. A grama do metal chegou a ultrapassar o valor de R$ 350,00. Depois, com o controle maior sobre a COVID-19 em todo o mundo, o ouro chegou a cair para R$ 280,00 ainda em 2021.
Com a redução da crise provocada pela pandemia, a tendência do ouro é de queda, mas, nos últimos meses o metal vem se valorizando. Do início de Outubro até hoje, a valorização do ouro passa dos 6,6%.
O ouro normalmente se valoriza em momentos de crise no mundo. Quando a crise hipotecária de 2008 aconteceu nos Estados Unidos, um dos poucos ativos que ganhou com aquilo, foi o ouro.
A mesma coisa aconteceu com a pandemia provocada pela COVID-19. Em momentos de crise, onde as economias estão em risco, o metal precioso vira alvo dos investidores.
Querendo ou não, a centenas de anos o ouro é visto como um investimento e uma reserva de valor.
Outro ponto importante a favor do ouro, é que alguns bancos centrais, ainda possuem reservas do metal, uma vez que antigamente, o próprio, já foi utilizado como lastro.
Assim, como existe grande interesse sobre o ouro, é conveniente ter um pouco do metal na carteira.
Considerando que o ouro se valoriza com crises, o momento é de cautela. As construtoras chinesas vêm enfrentando graves problemas de liquidez e dia após dia, uma nova construtora parece estar com problemas para pagar os juros relacionados à dívida.
Mesmo com a manifestação do BC chinês, dizendo que os problemas com a construtora Evergrande serão controlados, os riscos ainda persistem.
Observando que o risco está aí, manter uma parcela do patrimônio em ouro faz todo sentido.
Outro ponto que contribui para a valorização do ouro é a inflação. Querendo ou não, o ouro também é visto como um ativo que consegue repassar a inflação, ou seja, o preço do ouro, em teoria, sempre vai acumular a variação da inflação no decorrer do tempo.
Se o mundo está passando por um aumento da inflação, é natural que o preço do ouro incorpore essa alta também.
Ao analisar o atual contexto, fica claro que há riscos e que o ouro, pode ser uma solução para balancear a carteira, caso haja volatilidade nos mercados.
Uma inflação maior pode prejudicar o crescimento mundial, uma vez que os bancos centrais serão obrigados a subir os juros.
O juro tem um caráter restritivo, e pode influenciar na desaceleração econômica mundial. Portanto, é importante avaliar se a carteira não merece uma parcela pequena, em ouro.
Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.