Após romper uma grande consolidação que ocorreu de junho a novembro de 2020 o preço do barril de petróleo entrou em uma forte tendência de alta, subindo mais de 50% em cerca de 4 meses. O que fez a alta parar foi o incidente envolvendo o navio Ever Given que encalhou no canal de Suez e impediu a passagem de navios petroleiros que vinham do oriente médio para o ocidente.
Resolvido o problema com o navio, o preço do petróleo voltou a subir e novamente ficou oscilando dentro de um canal de alta. Depois de cair 15% devido ao incidente no canal de Suez, o preço do barril ficou por três meses em uma tendência de alta, levando o preço próximo a marca dos 80 dólares/barril, cerca de 10% acima do preço em que estava antes da queda.
Quando o preço perdeu o canal de alta, a volatilidade do ativo aumentou bastante e ficou até o final de agosto com muita oscilação no decorrer dos dias.
No gráfico abaixo foram traçadas as retrações de Fibonacci do fundo formado em meados de agosto ao último topo dentro do canal de alta, e hoje o preço se encontra justamente dentro das retrações. Nesta região normalmente o preço lateraliza formando um retângulo, que pode levar vários dias ou até mesmo semanas para ser rompido.
As hipóteses para os próximos movimentos são que após romper essa consolidação que está dentro das retrações, o preço vá em direção às extremidades, ou seja, ao topo ou ao fundo da região monitorada. Porém, neste tipo de região é comum existirem falsos rompimentos, de modo que o melhor seria esperar o ativo romper a consolidação, fazer um pullback e na sequência romper a barra que fechou fora, acionando assim um pivot.
Pelo fato de o ativo vir de uma forte tendência de alta, seria possível presumir que o mais provável é que esta tendência se mantenha, de modo que a consolidação seja rompida para cima, e que na sequência o preço buscaria o topo. Entretanto, como pode ser visto no primeiro gráfico, a queda do preço quando o ativo perdeu o canal foi muito brusca e não respeitou a retração de 61,8% de toda a alta, de modo que a tendência de alta foi, de certa forma, violada, fazendo com que não se tenha uma previsão muito clara de que possa continuar.
Anderson é Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC, mas desde 2015 vem estudando e trabalhando com o mercado financeiro, a partir de 2019 passou também a atuar como educador financeiro ajudando outras pessoas a aprenderem técnicas e estratégias para se conhecerem e tirarem o melhor proveito do mercado. Apaixonado pela leitura, ela já leu centenas de livros relacionados ao mercado financeiro e desenvolvimento pessoal.