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Queda nos bonds americanos pode dar fôlego aos mercados.

Por :
Anderson Rohweder
Publicado: Sep 14, 2021, 18:41 UTC

Após o resultado do CPI de agosto os bonds americanos de 10 anos realizaram um forte movimento de queda, chegando até a perder um forte suporte, no qual o ativo já vinha se segurando por diversos dias. Com essa queda, é possível que o ativo retome a tendência de baixa, dando assim um fôlego extra ao mercado de ações, uma vez que o investidor passe a se expor mais ao risco, devido à queda na rentabilidade do tesouro americano.

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Nesse artigo:

Os bonds de 10 anos do governo americano são usados como referência para uma comparação entre o rendimento oferecido pelos títulos americanos e o yield médio do S&P 500. Em meados de março deste ano os bonds ultrapassaram a marca de 1,48%, valor que corresponde à média de proventos pagos pelas empresas que compõem o principal índice americano. Deixando assim os investidores em dúvida sobre onde devem aplicar o seu dinheiro, já que os bonds do governo, que são considerados o investimento mais seguro do mundo, estão oferecendo o mesmo retorno que os yields das ações.

Observando o gráfico semanal dos bonds de 10 anos, é notado que após fazer topo próximo a taxa de 1,8%, a força compradora cessou, juntamente com o movimento de alta. Na sequência o ativo veio até a regressão de 50% de toda a alta e começou a formar uma bandeira em direção à média de 20.

Com o resultado do CPI de agosto, dado que mede a evolução dos preços de bens e serviços, os bonds de 10 anos realizaram um forte movimento de baixa, visto que o CPI veio abaixo do esperado. Este movimento de baixa fez com que o gráfico diário perdesse uma bandeira que estava se formando abaixo da média de 200. Caso o ativo não se recupere hoje e fecha abaixo da linha de suporte, é esperado que nos próximos dias a taxa paga pelos bonds volte a 1,13%, ou ainda busque valores menores, visto que o ativo pode buscar a região de 61,8% do gráfico semanal, mostrado acima.

Com a redução da taxa paga pelos bonds, o mercado de ações ganha força, pois além de os investidores se sentirem mais atraídos a investir neste tipo de ativos, o governo americano fica mais livre para continuar emitindo dívidas a fim de injetar dinheiro na economia.

Sobre o Autor

Anderson é Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC, mas desde 2015 vem estudando e trabalhando com o mercado financeiro, a partir de 2019 passou também a atuar como educador financeiro ajudando outras pessoas a aprenderem técnicas e estratégias para se conhecerem e tirarem o melhor proveito do mercado. Apaixonado pela leitura, ela já leu centenas de livros relacionados ao mercado financeiro e desenvolvimento pessoal.

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