O índice S&P 500 renovou a máxima histórica no início de setembro, mas desde então vem caindo indicando que uma tendência secundária de baixa poderá fazer o índice de maior relevância do mercado norte americano realizar um movimento de correção mais acentuado.
O S&P 500 vinha trabalhando dentro de um canal de alta desde novembro do ano passado. Neste movimento de forte tendência de alta, o ativo fazia pequenas correções pontuais, mas na sequência voltava a subir e fazer um novo topo histórico.
Este padrão foi perdido dia 20 de setembro, quando em um forte movimento de baixa, o índice americano perdeu a linha inferior do canal e violou o fundo anterior formado no dia 19 de agosto.
Como pode ser observado no gráfico, depois da queda acentuada no dia 20, o S&P 500 se recuperou fazendo um belo movimento de alta. Contudo, ao se aproximar da linha inferior do canal o ativo mostrou respeito pela resistência, assim como pela média móvel de 20 períodos que também estava naquela região de preços.
Após tocar na média de 20, o índice voltou a cair e na quinta-feira da semana passada, ao realizar um forte movimento de baixa, perdeu definitivamente o suporte gerado pelo fundo deixado em agosto, destacado na imagem pela linha tracejada em amarelo.
Ontem o ativo iniciou o dia fazendo um movimento de baixa, acionando assim o pivô. Porém, durante o dia o mercado ganhou força e acabou fazendo um belo movimento de alta, indicando que poderia ter sido apenas um movimento de violação.
Hoje, no entanto, os ursos (a força vendedora) foram novamente para o ataque e realizaram um engolfo de baixa, anulando toda a alta de ontem e dando ainda mais força para o padrão vendedor formado.
Avaliando o gráfico semanal para entender a dinâmica de preços, fica evidente que uma correção maior está por vir.
Como pode ser observado, os alvos de 100% e 161,8% do pivô que foi acionado, coincidem com as retrações de 38,2% e 50% de toda a movimentação de alta realizada enquanto o ativo estava trabalhando dentro do canal.
Para que o ativo continue subindo de forma saudável, é muito interessante que este faça uma correção até alguma das retrações de Fibonacci. Como se trata de um índice de ações, a retração mais comumente testada é a de 50%, que neste caso coincide justamente com o terceiro alvo do pivô.
Deste modo, a análise técnica nos mostra que o mercado americano poderá corrigir até próximo à região dos 4.000 pontos, em uma tendência secundária de baixa, para na sequência dar continuidade a movimentação de alta, seguindo sua tendência primária, que continua sendo de alta.
Anderson é Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC, mas desde 2015 vem estudando e trabalhando com o mercado financeiro, a partir de 2019 passou também a atuar como educador financeiro ajudando outras pessoas a aprenderem técnicas e estratégias para se conhecerem e tirarem o melhor proveito do mercado. Apaixonado pela leitura, ela já leu centenas de livros relacionados ao mercado financeiro e desenvolvimento pessoal.