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Aprenda a identificar os melhores suportes e resistências.

Por :
Anderson Rohweder
Publicado: Dec 17, 2021, 11:12 GMT+00:00

Qualquer pessoa que trabalha com o mercado financeiro busca identificar suportes e resistências. Isso é verdadeiro devido a máxima que existe no mercado, comprar barato e vender caro. Pois, é o suporte que diz quando está barato e a resistência quando está caro.

Aprenda a identificar os melhores suportes e resistências.

Uma das habilidades mais importantes para qualquer pessoa que trabalha com o mercado financeiro, é identificar suportes e resistências que realmente funcionem.

Sempre que alguém realiza a compra de um ativo, espera que este ativo passe a subir na sequência. Ninguém compraria um ativo acreditando que ele continuaria caindo, pois neste caso, iria esperar um pouco mais para realizar a compra.

Da mesma forma, quando alguém vende um ativo, é porque considera que aquela região de preços pode segurar o movimento de alta. Dificilmente alguém venderia um ativo acreditando que ele iria subir mais.

É justamente por isso que se faz tão importante a habilidade de identificar os verdadeiros suportes e resistências. Um suporte representa a região de preços em que um ativo irá parar o movimento de queda. Já uma resistência, é onde ocorre o término de um movimento de alta.

Além do conceito já apresentado, os suportes e resistências também são usados como uma ferramenta imprescindível para a realização de operações no mercado financeiro.

Sempre que se inicia uma operação de compra é preciso saber onde se encontra o suporte, pois é lá que será posicionado o stop da operação. De forma similar, é preciso também identificar até onde o movimento de alta pode chegar para estimar um alvo, ou seja, qual a resistência que irá segurar o preço.

Assim sendo, a seguir serão apresentados os principais tipos de suportes e resistências, como identificar os mesmos no gráfico e também como fazer uso deles.

Para facilitar a leitura, em certos momentos será tratado apenas sobre os suportes, visto que os conceitos se aplicam também às resistências, porém de forma inversa.

Topos e fundos

Sem dúvida os suportes mais conhecidos são os fundos, assim como as resistências mais populares são os topos. Entretanto, apesar de praticamente todos os fundos e topos se comportarem como suportes e resistências, existem alguns que são mais poderosos do que outros.

Um dos princípios da teoria de Dow diz que em uma tendência de alta, 80% dos topos são rompidos, assim como em uma tendência de baixa, 80% dos fundos são rompidos. Por esse motivo, é preciso se atentar a algumas características que fortalecem um suporte ou resistência.

Tempo

A primeira característica que deve ser observada é o tempo. Sempre que um ativo forma um fundo, e um longo tempo depois mostra respeito por aquela região de preços, significa que lá existe um suporte.

Conforme mostrado no gráfico, a linha tracejada serviu de suporte em junho. O preço subiu e ficou vários meses acima dessa região, mas quando começou a cair, a linha tracejada mais uma vez segurou o preço.

Isso mostra que essa é uma região de suporte importante. Como visto, em novembro o preço recuou mais uma vez até a linha tracejada, onde segurou e voltou a subir.

Amplitude

Esse mesmo gráfico também pode ser usado para ilustrar a segunda característica que fortalece um suporte ou resistência, que é a amplitude.

Como pode ser visto, após o preço respeitar pela primeira vez o suporte, fez um forte movimento de alta, se afastando bastante da linha tracejada. Após recuar e fazer um novo teste, subiu novamente e também se afastou bastante do suporte. O ativo fez ainda mais um teste no suporte, que novamente empurrou o preço para cima.

Essa amplitude, ou seja, a distância entre topos e fundos, mostram que essa região de suporte é realmente bastante poderosa.

Toques

A terceira característica é a quantidade de toques. Quanto maior o número de vezes que um suporte é testado e consegue segurar o preço, mais forte ele é.

O gráfico acima mostra de forma clara que a linha tracejada se comportou como um suporte, visto que várias vezes o preço caiu até a linha e voltou a subir.

Ambiguidade

Finalmente, a quarta característica é a ambiguidade. Isso quer dizer que se um suporte é “poderoso” e em um dado momento for rompido, todo o seu poder passará a valer como uma resistência.

Como mostrado, a linha tracejada vinha se comportando como uma resistência, segurando o preço por diversas vezes. Quando finalmente foi rompida, passou a se comportar como um suporte, não deixando o preço cair.

Deste modo, sempre que identificar um fundo e estiver em dúvida sobre se ali existe ou não um suporte, procure verificar se uma ou mais destas características é atendida.

Linhas de tendência

Pela teoria de Dow, uma tendência de alta é definida pela formação de topos e fundos ascendentes. O interessante é que normalmente existem fundos alinhados, o que forma uma Linha de Tendência de Alta, a famosa LTA. De forma similar, uma série de topos alinhados formam uma Linha de Tendência de baixa, ou seja, a LTB.

Observe a linha amarela no gráfico. É perceptível que os fundos formados, apesar de estarem cada vez mais altos, seguem uma linha.

Após a formação do segundo fundo, seria possível traçar essa LTA, o que permitiria a identificação dos demais suportes apresentados.

Canais

Em certos momentos o ativo não forma fundos alinhados, dificultando assim que uma LTA seja traçada. Entretanto, caso seja verificado que os topos mostram um certo alinhamento, é possível desenhar um canal.

Ao traçar uma linha unindo topos outra paralela mais abaixo, sobre o primeiro fundo, é possível definir uma LTA. Se no próximo movimento de baixa a LTA for respeitada, existe uma grande probabilidade de ela continuar servindo de suporte.

É preciso deixar claro, entretanto, que um canal canal de alta é composto pela LTA e uma linha de retorno. A linha que une os topos de forma ascendente não pode ser considerada uma LTB. Ainda assim, normalmente essa linha também se comporta como uma resistência.

Identificar um canal no gráfico pode ser muito útil. Ao mesmo tempo que ele informa uma região de suporte, sugere também onde estará a resistência. Ou seja, em um canal de alta, uma das operações mais simples seria aguardar o ativo cair até a LTA para fazer a compra e subir até a linha de retorno para fazer a venda.

No caso de um canal largo também é possível realizar operações contra-tendencia. Um canal largo é aquele que exige a formação de várias barras para que o ativo percorra entre a LTA e a linha de retorno. Assim, quando o ativo sobe até a linha de retorno e forma um padrão de reversão, pode ser feita a venda, esperando que o mesmo volte até a LTA.

Todos esses conceitos também são válidos para as LTBs e canais de baixa.

Pullbacks

É muito comum observar o mercado formar uma pequena consolidação, ou até mesmo uma figura gráfica. Quando finalmente ocorre o rompimento, na maioria das vezes o ativo faz um pequeno retorno, para na sequência fazer um movimento direcional. Esse pequeno retorno é conhecido como pullback.

No primeiro tópico foi explicado que quando um suporte é perdido, o mesmo se torna uma resistência. Isso também se aplica quando o ativo forma uma consolidação.

Conforme explicado no artigo “Conheça as principais figuras da análise técnica.”, toda figura é um tipo de consolidação, porém nem toda consolidação forma uma figura. Deste modo, neste tópico, quando comentado sobre uma consolidação, o mesmo se aplica também às figuras.

Para simplificar, observe o gráfico abaixo.

Na primeira figura temos uma consolidação com o ativo andando de lado. Após uma tentativa de rompimento para cima, o preço caiu e rompeu para baixo. No entanto, antes de dar continuidade ao movimento de baixa, foi realizado um pullback.

A forma ideal de realizar uma operação baseada nesta primeira figura seria acionar uma venda na perda da mínima da barra que fez o rompimento, tendo como stop a linha amarela que indica onde foi realizado o pullback.

O segundo exemplo é de uma bandeirinha. Conforme mostrado, o ativo formou um pequeno canal contra-tendência, que quando rompido levou a um novo movimento de baixa. Porém, antes de dar continuidade à queda, o ativo também fez um pequeno retorno. A linha amarela indica onde foi feito o pullback.

Esse retorno que o ativo faz após acionar um rompimento geralmente se trata de um suporte ou resistência relativamente poderoso. Assim, torna- se muito interessante colocar a ordem stop de uma operação na região do pullback.

Para finalizar

Identificar suportes e resistências no gráfico é, sem dúvida, muito importante. Uma das bases de qualquer estratégia operacional é evitar stops. Deste modo, é preciso entender onde o preço irá parar de cair ou subir.

Espero que este artigo tenha contribuído para o seu conhecimento. Espero também que o instigue a buscar entender quais os suportes e resistências mais importantes no gráfico que estiver avaliando.

Caso queira continuar aprendendo sobre a análise técnica, continue acompanhando a FX Empire. A cada semana, novos artigos educacionais como este serão publicados.

Sobre o Autor

Anderson é Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC, mas desde 2015 vem estudando e trabalhando com o mercado financeiro, a partir de 2019 passou também a atuar como educador financeiro ajudando outras pessoas a aprenderem técnicas e estratégias para se conhecerem e tirarem o melhor proveito do mercado. Apaixonado pela leitura, ela já leu centenas de livros relacionados ao mercado financeiro e desenvolvimento pessoal.

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