Se de um lado nós temos o PIB caindo, do outro a dívida pública está em alta. O mês de novembro registrou alta na dívida de 2,34% segundo os dados do Tesouro Nacional.
Com o aumento da dívida e a queda das expectativas com relação ao PIB, o percentual da dívida vai aumentar.
Mais despesas com menos receitas não é bom para as contas públicas, isso influencia negativamente na confiança do investidor junto ao Brasil.
Mesmo com a reforma previdenciária, a dívida brasileira tende a crescer em 2022. Se o PIB aumentasse junto da dívida, ou com força superior às despesas, a relação dívida/PIB poderia ser mais favorável, mesmo em um ano onde o déficit fiscal é certo.
Porém, o mercado espera um PIB menor em 2022, fato que vai contribuir ainda mais para a deterioração da parte fiscal. Em outras palavras, 2022 será um ano complexo para as contas públicas.
Se o PIB subir menos de 1% e a dívida continuar aumentando, como vem crescendo em 2021, as coisas em 2022 e para os próximos anos serão difíceis.
Em paralelo às más notícias referentes à dívida pública há também boas notícias. A receita federal publicou dados nessa semana referente à arrecadação de novembro.
No mês de novembro a receita arrecada valor recorde para o mesmo (desde 1995, início da série histórica). O valor total arrecadado foi de mais de 157 bilhões de reais, havendo um aumento de 1,41% sobre o valor arrecadado referente ao mês anterior.
Esse percentual de aumento já compreende a correção pelo IPCA também, portanto estamos falando de ganhos reais.
Mas ainda sim, mesmo com um recorde de arrecadação, o governo federal gastou mais e conseguiu aumentar a dívida no mês de novembro.
Sem dúvidas, o momento é de análise e cuidado nos investimentos. Enquanto os dados são divulgados pelos órgãos competentes, os mercados vão andando, hoje o Ibovespa terminou o dia em queda de 0,24%, enquanto do S&P 500 registrou alta de 1,02%.
Mesmo com a queda do principal índice da bolsa brasileira, o dólar também caiu frente ao real. A cotação do dólar terminou o dia em R$ 5,65, queda de 1,6%.
A forte queda do dólar mostra como há muita volatilidade em nosso câmbio. Com tanta oscilação, inclusive na bolsa, o negócio no momento, é focar as atenções na renda fixa (a fim de conseguir bons ganhos no curto prazo) e capturar oportunidades na renda variável, visando o longo prazo.
Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.