O Dogecoin, assim como várias criptomoedas, teve seu momento de fama e fez um lindo movimento de alta. Porém, o cenário vem se mostrando desafiador e o “mocinho” está se transformando no “vilão”.
O Dogecoin foi muito aclamado neste ano de 2021. A moeda “meme” chegou a subir mais de 1.000% entre abril e maio, após os comentários do presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, de que a Tesla aceitaria a moeda como forma de pagamento para a compra dos veículos.
Certamente esse incrível movimento de alta chamou a atenção de muitos investidores e especuladores. Provavelmente também chamou a atenção de muitas pessoas que pensaram que poderiam enriquecer comprando a crypto.
No entanto, após o forte movimento de alta, o Dogecoin começou a cair e continua mostrando sinais de baixa. Do topo formado em maio, a crypto já recuou mais de 70% até o momento.
Com um movimento de queda como esse, muitas pessoas perderam dinheiro. Principalmente porque não há uma expectativa de que a crypto pode retomar aos patamares em que estava.
Isto se deve, em grande parte, aos fundamentos por trás do projeto Dogecoin. Ou melhor, a falta de fundamentos. O que já foi explicado com mais detalhes no artigo “Dogecoin, ou está crescendo ou morrendo!”
Após um forte movimento de queda em agosto e setembro, a crypto começou a trabalhar dentro de um canal de alta, conseguindo assim recuperar parte do terreno perdido. Porém, ao tocar na média móvel de 200 períodos, o ativo mostrou respeito pela resistência e começou a cair.
Como pode ser visto, depois de perder o canal, o ativo ainda tentou subir, mas bateu na média móvel de 20 períodos e voltou a cair.
Traçando as retrações de Fibonacci sobre o movimento de alta, é visto que após perder o canal o ativo se segurou na retração de 61,8%. Mas, quando finalmente rompeu o suporte, caiu com força.
Hoje a crypto está fazendo um novo movimento de baixa e vem se segurando em uma região de fundo. Com o movimento realizado nos últimos dias seria possível pensar que um pivô de baixa está sendo armado. Fazendo a projeção do pivô, é visto que o segundo alvo coincide com a região de fundo.
Caso o pivô seja acionado, existe uma grande probabilidade de o ativo buscar a região de fundo. O que pode abrir caminho para um movimento de queda ainda maior, visto que a média móvel de 200 períodos já começou a inclinar para baixo.
Anderson é Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC, mas desde 2015 vem estudando e trabalhando com o mercado financeiro, a partir de 2019 passou também a atuar como educador financeiro ajudando outras pessoas a aprenderem técnicas e estratégias para se conhecerem e tirarem o melhor proveito do mercado. Apaixonado pela leitura, ela já leu centenas de livros relacionados ao mercado financeiro e desenvolvimento pessoal.