Hoje, Jerome Powell, presidente do FED dos Estados Unidos, divulgou suas intenções de antecipar a retirada de estímulos da economia norte-americana.
Com uma redução mais rápida, provavelmente a economia dos Estados Unidos sofrerá algum impacto e consequentemente o mundo.
Vale destacar que a redução dos estímulos pode de certa forma, ajudar no controle da inflação no mundo. No Brasil os efeitos podem ser benéficos, porém, provavelmente haverá repercussões negativas com relação ao câmbio.
Com tais notícias, os mercados não reagiram bem. O Ibovespa fechou o dia em queda de 0,87%, enquanto o S&P 500 caiu 1,90%.
Por outro lado, o dólar se valorizou em 0,39% e o ouro (OZ1D) ficou 0,63% mais caro. Apesar da nova variante Ômicron, o FED não parece disposto a ceder e deve reduzir os estímulos.
Querendo ou não, a economia norte-americana está bem e o desemprego está baixo, quase alcançando o nível de “pleno emprego”.
Dentro desses níveis não há mais tanta necessidade de estímulos. Sem falar que o governo dos Estados Unidos vai injetar muito dinheiro na economia por meio das obras de infraestrutura e dos pacotes de ajuda.
Desse modo, a retirada dos estímulos se vê necessária, inclusive com um aumento dos juros mais a frente. É claro, tudo isso depende se a nova variante da COVID-19 exigir novos lockdowns e restrições.
A retirada dos estímulos traz sensação de menor liquidez no mundo e isso pode trazer efeitos negativos para a bolsa.
Porém, tais efeitos se encerram quando as empresas e o mercado dão bons sinais. Caso a economia dos Estados Unidos continue crescendo, as coisas vão continuar progredindo.
Com relação ao mercado nacional, o cenário depende muito mais de outras variáveis, como a própria política.
Infelizmente a alta da inflação no Brasil não está ligada somente à alta dos preços referentes a energia e combustíveis, mas está ligado a vários outros fatores, como o “descontrole” com as contas públicas.
Portanto, mesmo com uma estabilização dos preços no exterior, a economia no Brasil pode continuar andando de lado.
Com um cenário tão volátil e imprevisível, há boas oportunidades aparecendo. O ETF BOVA11 chegou aos R$ 96,71, depois no final do pregão, terminou em R$ 98,35, mesmo assim as perdas em 2021 chegam aos 13,80%.
Já o ETF SMAL11, fundo de índice referente às empresas de pequeno porte, vem acumulando perdas em 2021 de 18,81%.
Ambos os ETF vêm se mostrando muito interessantes. Caso no futuro a economia se recupere, os dois ETFs provavelmente vão oferecer excelentes ganhos aos seus cotistas.
Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.