O Banco Itaú vinha desde março de 2020 trabalhando dentro de um grande canal de alta. O ativo estava buscando se recuperar da grande queda ocorrida devido à pandemia. Porém, ontem um suporte importante foi perdido e um novo movimento de baixa pode ser iniciado.
As ações do banco Itaú estavam mostrando um cenário positivo. Em comparação aos pares, ou seja, os outros “bancões” como Bradesco, Banco do Brasil e Santander, o Itaú é o que mostrava uma certa consistência. Apesar de estar trabalhando em um canal bem largo, o ativo mostrava respeito pela LTA (Linha de Tendência de Alta).
Observando o gráfico semanal de ITUB4, fica claro que o ativo chegou próximo da região de preços pré-pandemia. Entretanto, quando o Ibov começou a cair, em junho, as ações do Itaú também começaram a recuar.
O que preocupa, no entanto, é que na semana passada o Ibov conseguiu fechar com 2,56% de alta, enquanto o Itaú caiu mais de 4%. Ontem, o papel voltou a cair, perdendo assim o suporte oferecido pela LTA.
O que segurou o preço ontem foi a região de fundo que o ativo formou enquanto trabalhava sobre a média móvel de 200 períodos. Caso esse fundo também seja perdido, é muito provável que o ativo faça um movimento mais forte de baixa.
O gráfico diário também mostra um cenário baixista.
O ativo estava dentro de um retângulo que foi rompido para baixo. Conforme explicado no artigo “Conheça as principais figuras da análise técnica.” quando este tipo de figura é rompida, há uma grande probabilidade de continuação do movimento.
Conforme mostrado no gráfico, se o ativo perder a mínima de ontem, pode continuar caindo com força em um movimento direcional, indicado pela seta azul. No entanto, é possível também que faça um pequeno movimento de alta, para depois voltar a cair, conforme as setas brancas.
Após a pandemia, um dos setores que mais cresceu foi o de tecnologia. Isso acarretou em uma certa disparidade entre os grandes bancos, chamados “bancões”, e as fintechs.
Enquanto os grandes bancos sequer conseguiram voltar ao patamar de preços em que estavam antes da pandemia, as empresas de tecnologia financeira, ou fintechs, obtiveram um crescimento surpreendente após a pandemia.
O que chamou a atenção recentemente, foi a supervalorização que o Nubank obteve ao entrar na bolsa de valores.
Com um valor de mercado próximo a US$ 50 bilhões, o Nubank se tornou o maior banco da américa latina, superando de longe os antigos maiores bancos brasileiros como Itaú e Bradesco.
Todo esse cenário pode levar a uma questão. Os grandes bancos estão caindo porque a bolsa como um todo está caindo, ou devido ao crescimento das fintechs?
Apesar de esta dúvida ser pertinente, é preciso lembrar que os grandes bancos têm muito poder econômico para abraçar também o mundo das fintechs.
Ou seja, é muito improvável que os grandes bancos “quebrem” por causa do surgimento das fintechs.
Anderson é Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC, mas desde 2015 vem estudando e trabalhando com o mercado financeiro, a partir de 2019 passou também a atuar como educador financeiro ajudando outras pessoas a aprenderem técnicas e estratégias para se conhecerem e tirarem o melhor proveito do mercado. Apaixonado pela leitura, ela já leu centenas de livros relacionados ao mercado financeiro e desenvolvimento pessoal.