Os fundos imobiliários vêm registrando forte queda em 2021. O IFIX, principal índice de fundos imobiliários, está alcançando perdas de 9,61% em 2021.
Um dos fatores que vem contribuído para as perdas do setor está baseado na alta do juro. A Selic tem tudo para terminar 2021 em 9,25%.
Quando o investidor considera os riscos da renda variável, fica mais fácil optar por algo que entrega 9,25% ao ano, ao invés de um produto que pode gerar rendimento similar, mas com um grau de risco muito maior.
Os atritos políticos junto da parte fiscal e da projeção de crescimento abaixo do esperado colaboram para uma percepção de risco maior com relação ao Brasil.
Quando enxergamos mais riscos em determinado país, a tendência natural é de sair, ou de alocar pouco dinheiro. Assim, evitamos maiores perdas, mas caso haja sucesso no investimento, mesmo montantes pequenos vão entregar desempenho interessante.
Essa percepção vem ocorrendo com o Brasil e com os fundos imobiliários. Ao analisar o final de 2019, o IFIX vinha evoluindo muito bem. Os ganhos em 2019 ultrapassaram a marca dos 33%.
Depois com a pandemia da COVID-19 as coisas desandaram muito e até ensaiaram uma recuperação, mas nada de concreto aconteceu. Desde o melhor momento de 2019 até hoje, o IFIX vem perdendo mais de 18%.
Mesmo com as atuais perdas e com a possibilidade de perdas ainda maiores no mercado de FII, o momento é interessante para o investimento.
O ciclo de juros pode continuar até a Selic alcançar algo como 12% ao ano, porém, tudo vai depender da resposta vinda da inflação. Mesmo assim, hoje, já existem fundos que vêm conseguindo entregar rendimentos mensais próximos a 1% ao mês. Sem falar que tais fundos têm suas distribuições isentas de IR, fato que beneficia muito o investimento e a construção de renda.
Para equilibrar mais a carteira, o investimento em ativos considerados “defensivos” pode ser uma alternativa.
Já que os FII provavelmente vão ser mais voláteis, o investimento em dólar e ouro pode dar um pouco mais de equilíbrio à carteira.
O mercado ainda vive momentos difíceis, com a crise imobiliária chinesa e a inflação que assola o mundo.
Com tantos riscos, uma posição em USD/BRL e ouro pode gerar mais segurança à carteira. Em momentos de perdas no Brasil, tais ativos podem trazer um pouco mais de ganhos e assim, equilibrar a carteira evitando que as perdas sejam substanciais no curto prazo.
Lembrando que no longo prazo, as expectativas são boas, ainda mais quando a inflação estiver mais controlada.
Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.