O dólar vem caindo há dias e hoje a queda foi ainda maior. Só em Novembro, o dólar vem recuando mais de 4,94%.
Boa parte dessa movimentação está relacionada ao aumento do juro. Com a expectativa crescendo sobre a inflação, o Banco Central vem trabalhando com a ideia de continuar aumentando o juro.
No próprio comunicado do BC, a ideia é aumentar ao menos mais 1,5% na próxima reunião, porém, já há especulações sobre um aumento ainda maior, de repente até 2%.
Como o mundo vem sendo impactado pela inflação, os países terão que tomar atitudes para aumentar o juro.
No último dado da inflação norte-americana, a mesma veio acima das expectativas com o indicador alcançando os 6,2%.
Considerando que o juro por lá está próximo de zero, os investidores que deixam os recursos atrelados ao juro, não estão ganhando nada e ainda estão vendo o dinheiro perder o valor.
Observando que há outros países aumentando o juro, como é o caso do Brasil, é plausível que o dólar comece a entrar com mais força no Brasil.
Esse capital geralmente tem caráter especulativo. Ou seja, são investidores que vêm para o país na tentativa de ganhar dinheiro no curto prazo, uma vez que o juro aqui, está mais alto e pagando melhor.
O Brasil, ou qualquer outro país, prefere o dinheiro que vem com o objetivo de longo prazo. São esses investimentos que valem a pena, porém, o dólar menor, no curto prazo, pode aliviar a inflação.
Que por sua vez, pode cair e reduzir a necessidade por juro. No momento onde a inflação vem atingindo diversos países, a movimentação parece interessante e oportuna para a economia nacional.
Influenciado pela queda do dólar, o ouro no Brasil caiu também. O OZ1D registrou desvalorização de 0,96%, sendo cotado a R$ 318,40.
Com a inflação em alta, o ouro pode ganhar valor. Como há vários países que ainda não estão subindo os juros, uma das alternativas dos investidores desses países, é investir em ouro.
Por mais que o ouro não seja um título do Tesouro, ou algo do gênero, existe a ideia que o ouro consegue incorporar o valor da inflação no médio a longo prazo.
Desse modo, o investimento no metal pode ajudar a aliviar as pressões da inflação sobre a carteira do investidor.
Quando os demais países começarem a subir o juro, é provável que o ouro vá perder a atenção. Outro ponto que pode favorecer o ouro no curto prazo está ligado à crise imobiliária chinesa.
Como a volatilidade na China ainda é relevante, a crise por lá pode ganhar novos capítulos e isso pode gerar ganhos aos investidores em ouro. Se o investidor não tem ouro na carteira, talvez o momento seja interessante para considerar.
Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.