O preço do petróleo subiu bastante nos últimos meses, ajudando a petrobras a se valorizar também. No entanto, a commodity começa a dar sinais de que a alta chegou ao fim. Em paralelo, a Petrobras alcançou uma resistência importante, o que também pode segurar o preço das ações.
Observando o gráfico semanal do petróleo brent, é notado que a commodity vinha trabalhando desde maio em um canal de alta. Ao final de outubro, no entanto, foi iniciado um movimento de correção e o preço perdeu a linha de suporte.
Em uma sequência de 6 semanas de queda, o petróleo chegou a recuar 24%. Na semana passada, apesar da commodity ter voltado a subir, não conseguiu superar a Linha de tendência de alta. Isso pode estar indicando que na verdade a alta da semana passada foi um pullback.
Nesta semana o petróleo voltou a cair. Caso o movimento de baixa persista e o último fundo for perdido, provavelmente a commodity realizará um movimento de correção até alguma das retrações de Fibonacci.
Assim como o petróleo, as ações da Petrobras também vem trabalhando em um canal de alta. Observando o gráfico semanal ajustado, fica claro que as ações superaram os preços pré-pandemia.
Entretanto, apesar do forte movimento de alta nas últimas semanas, existe um ponto que chama a atenção.
Se projetarmos os alvos com base no primeiro movimento de alta dentro do canal, temos que as ações acabaram de alcançar o alvo de 100% dessa projeção.
Além disso, entre meados de junho e o início de outubro, o ativo trabalhou de lado, formando uma consolidação. Fazendo a projeção desta consolidação, pode ser verificado que o alvo de 100% coincide com o alvo da primeira projeção.
E ainda, quando as ações da Petrobras tocaram pela última vez na LTA, formaram um fundo mais alto. Deste modo, quando o último topo foi rompido, o papel acionou um pivô de alta. Este pivô também tem seu alvo de 100% coincidindo com os outros alvos.
Uma região como essa onde 3 alvos de projeções diferentes coincidem é chamada de zona de confluência. Normalmente uma zona de confluência se comporta como uma importante região de suporte ou resistência.
Com o petróleo dando sinais de que não deve dar continuidade ao movimento de alta, e as ações da Petrobras alcançando um suporte importante, é difícil acreditar que o papel continue subindo.
Não existe nenhum sinal claro de que as ações iniciarão um movimento de baixa. Porém, simplesmente não devem continuar subindo com a mesma força.
Na verdade, o mais provável é que o ativo entre novamente em uma consolidação.
Mas, vários fatores podem interferir no preço como, o próprio preço do petróleo e, talvez ainda mais importante, o cenário político/fiscal.
Talvez por isso, o gráfico semanal seja mais indicado para avaliar os movimentos do ativo.
Anderson é Mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC, mas desde 2015 vem estudando e trabalhando com o mercado financeiro, a partir de 2019 passou também a atuar como educador financeiro ajudando outras pessoas a aprenderem técnicas e estratégias para se conhecerem e tirarem o melhor proveito do mercado. Apaixonado pela leitura, ela já leu centenas de livros relacionados ao mercado financeiro e desenvolvimento pessoal.