Com a alta do juro somado à alta da inflação, os produtos e serviços estão ficando mais caros e o dinheiro está perdendo valor. A combinação disso pode gerar desaceleração.
O Brasil já vinha registrando queda no IBC-BR (Índice de Atividade Econômica) no mês anterior, sendo que em setembro foi divulgado mais uma queda, agora de 0,27%.
Considerando o indicador divulgado pelo BC, a chance do PIB alcançar os 5% ainda em 2021 diminui.
A inflação maior vai comprometer a renda dos brasileiros. Com isso, as pessoas estão consumindo menos e por conta disso, os produtos e a demanda como um todo cai.
Do outro lado o juro sobe. Com o aumento do juro, produtos que são mais caros, como é o caso de imóveis e veículos, se tornam praticamente impossíveis de serem adquiridos.
Sendo que, tanto os imóveis quanto os veículos já foram símbolos do progresso no Brasil. Portanto, as ferramentas para fazer a economia girar e crescer estão enfraquecidas no momento.
Juntando a tudo isso, ainda há os efeitos nocivos do exterior. O aumento dos combustíveis vem nos afetando diretamente, fato que só tem a potencializar ainda mais os efeitos da inflação.
O atual momento é difícil e pode ser ainda mais complicado em 2022. Se não bastasse a piora dos indicadores, existe a clara possibilidade do governo federal aumentar ainda mais seus gastos sem que haja compensações.
Fato que pode aumentar a dívida no mesmo período onde o juro cresce e encarece os encargos sobre a dívida.
Depois de um pouco de volatilidade, o ouro voltou a subir. O ouro OZ1D negociado na bolsa B3 fechou o dia cotado a R$ 326,10, com alta de 1,43%.
Já o USD/BRL registrou alta de 0,49%, alcançando a cotação de R$ 5,53. O índice Ibovespa teve queda de 1,39%.
Com mais uma queda do índice Ibovespa, as esperanças de ver o índice em um ponto mais alto ainda em 2021 estão terminando.
Há possibilidades do PIB não alcançar crescimento de 5% e para 2022, boa parte das expectativas são mostrar um PIB modesto, abaixo do 1%.
Fato que vem colaborando para o aumento do pessimismo com o contexto nacional. Ativos como é o caso do dólar e do ouro vem se mostrando atraentes.
Aqueles que não possuem posição em dólar e nem em ouro, precisam ficar de olho. Manter uma carteira em ativos de renda variável, em um momento como este, pode gerar volatilidade nos resultados como um todo. Por isso, para trazer um pouco mais de equilíbrio, o dólar e o ouro são boas opções.
Vale destacar que em 2021 o dólar vem registrando alta de 6,53% enquanto o ouro (OZ1D) está estável, com leve alta de 0,03%.
Oliver é formado em ciências contábeis pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí).Além da contabilidade, Oliver se tornou investidor. a primeira experiência no mercado de capitais foi investindo no tesouro direto, comprando uma ltn (letra prefixada). a partir de 2010, Oliver foi ampliando sua carteira e aumentando o conhecimento em investimentos.