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Petróleo cai com expectativas de liberação de reservas estratégicas

Por :
Tales Rabelo Freitas
Publicado: Nov 19, 2021, 15:47 UTC

As nações consumidoras começam a planejar liberações de suas reservas estratégicas para aumentar a oferta e limitar as pressões sobre os preços.

Petróleo cai com expectativas de liberação de reservas estratégicas

Nesse artigo:

Os preços do petróleo caíram nos últimos dias em meio às expectativas de que os EUA poderiam anunciar em breve uma liberação de sua Reserva Estratégica de Petróleo (SPR).

Há também a possibilidade de que outras grandes nações consumidoras sigam o exemplo com lançamentos de petróleo.

A queda dos preços se estenderam hoje (19/11), com o barril do Brent caindo mais de 2%, cotado a US$ 79,30, e o WTI caindo 2,57%, ao preço de US$ 76,89o barril.

Esforço coordenado para aumento de oferta

Um impasse entre o presidente Joe Biden e os produtores de petróleo e gás na Bacia do Permian está se desenvolvendo à medida que os preços continuam subindo.

O presidente Biden acusou a indústria de petróleo e gás de adotarem uma “conduta ilegal”, já que os executivos do petróleo enriquecem com a alta dos preços do petróleo e pediu uma investigação federal sobre o assunto.

Os perfuradores ainda estão adiando o aumento da produção em outras bacias, uma vez que continuam a desfrutar de lucros altíssimos, enquanto procuram evitar outro ciclo de “expansão e queda” que paralisou a indústria no passado. 

Para contornar essa situação, os EUA poderiam agir em direção de liberar sua Reserva Estratégica de Petróleo, aumentando a oferta e diminuindo os preços até que a produção seja retomada.

As expectativas são de que essa estratégia seja implementada em conjunto com outros países.

Os EUA supostamente pediram à China e a outros grandes consumidores, como Índia, Coréia do Sul e Japão, que liberassem petróleo de seus estoques estratégicos também, em um esforço coordenado para reduzir os preços do petróleo.

A China já está trabalhando na liberação de petróleo bruto, disse um porta-voz da Administração Nacional de Alimentos e Reservas Estratégicas à Bloomberg na quinta-feira.

Oferta será maior em 2022

No início desta semana, a Agência Internacional de Energia (EIA) disse que os primeiros sinais mostravam que os estoques de petróleo da OCDE já haviam começado a aumentar em outubro.

Depois de atingir uma baixa de seis anos em setembro, os estoques de petróleo comercial nos países da OCDE evidenciaram um aumento marginal em outubro, disse a AIE na terça-feira em seu Relatório do Mercado de Petróleo de novembro.

Com isso, a EIA avalia que os preços do petróleo bruto devem cair no próximo ano dos níveis atuais de cerca de US$ 80,00 o barril para US$ 72,00.

A previsão é que os estoques globais começarão a se acumular novamente com a oferta crescendo mais do que a demanda. O superávit esperado no mercado é devido ao aumento da produção dos Estados Unidos e do grupo OPEP+.

Sobre o Autor

Tales é Doutor em Economia pela UFRGS. Realiza pesquisas sobre economia institucional, macroeconomia, mercado financeiro, economia brasileira e desenvolvimento econômico, além de trabalhar com cursos de educação financeira.

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