Por Stephanie Kelly e Bozorgmehr Sharafedin e Koustav Samanta
Por Stephanie Kelly e Bozorgmehr Sharafedin e Koustav Samanta
NOVA YORK (Reuters) – A demanda global por petróleo voltou a crescer em 2021 quando o mundo começou a se recuperar da pandemia de coronavírus, e o consumo mundial geral poderia atingir um novo recorde em 2022 – apesar dos esforços para reduzir o consumo de combustível fóssil para mitigar das alterações climáticas.
O uso de gasolina e diesel aumentou neste ano, à medida que os consumidores retomaram as viagens e a atividade comercial aumentou. Para 2022, o consumo de petróleo deve chegar a 99,53 milhões de barris por dia (bpd), ante 96,2 milhões de bpd neste ano, segundo a Agência Internacional de Energia. Isso seria algo menos que o consumo diário de 2019, de 99,55 milhões de barris.
O cenário colocará pressão sobre a Opep e a indústria de “shale” dos EUA para atender à demanda – depois de um ano em que os principais produtores foram surpreendidos pela recuperação da atividade que sobrecarregou a oferta e levou a estoques apertados em todo o mundo. Vários países da Opep têm lutado para aumentar a produção, enquanto a indústria de shale dos EUA tem que lidar com as demandas dos investidores para conter os gastos.
O desconhecido é a variante do coronavírus Ômicron, já que vários países impuseram restrições às viagens, o que prejudicará o consumo e a indústria da aviação.
“Se esta for outra onda como as que vimos antes, é um golpe negativo para o crescimento econômico no primeiro trimestre de 2022”, disse Damien Courvalin, chefe de pesquisa de energia da Goldman Sachs. “Mas se houver uma recuperação subsequente, a demanda de petróleo, que tocou brevemente os níveis pré-Covid no início de novembro, atingirá novos recordes na maior parte de 2022.”
(Por Stephanie Kelly em Nova York, Bozorgmehr Sharafedin em Londres e Koustav Samanta em Cingapura; reportagem adicional de Florence Tan em Cingapura)
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