Por Maximilian Heath BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina permitiu nesta terça-feira que os exportadores solicitem a reprogramação dos embarques de soja por 60 dias, de acordo com a esperada regulamentação de um plano do governo para aumentar suas escassas divisas graças às vendas de grãos, em meio a uma forte seca.
Por Maximilian Heath
BUENOS AIRES (Reuters) – A Argentina permitiu nesta terça-feira que os exportadores solicitem a reprogramação dos embarques de soja por 60 dias, de acordo com a esperada regulamentação de um plano do governo para aumentar suas escassas divisas graças às vendas de grãos, em meio a uma forte seca.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União um dia após o lançamento do programa conhecido localmente como “dólar da soja” que, apesar de promover as vendas da oleaginosa, quase não gerou movimentação no primeiro dia, pois o mercado aguardava o parecer técnico de detalhes esclarecidos na atual resolução.
Com a iniciativa, o governo da Argentina –maior exportadora mundial de óleo e farelo de soja– pretende aumentar suas reservas em moeda estrangeira para enfrentar uma inflação que supera 100% ao ano e cumprir as metas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os exportadores que aderiram ao plano oficial “com o vencimento do prazo de embarque declarado, acrescido da prorrogação automática, durante os sessenta dias posteriores à entrada em vigor desta resolução, poderão solicitar a prorrogação extraordinária do prazo de embarque de sessenta dias corridos”, disse a resolução oficial.
“O pedido de prorrogação deve ser justificado por razões logísticas e/ou comerciais”, acrescentou.
A resolução também indicou como o Ministério da Agricultura vai monitorar as operações, que terão um câmbio especial de 300 pesos por dólar –contra os 214 pesos do mercado oficial–, entre outras especificações.
A Bolsa de Comércio de Rosário apontou em seu relatório diário que “o mercado da soja voltou a se mostrar discreto e sem observar compradores ativos oferecendo condições para a oleaginosa”.
(Reportagem de Maximilian Heath; com reportagem adicional de Walter Bianchi)
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