WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, conversaram por 90 minutos na quinta-feira, em sua primeira conversa em sete meses, discutindo a necessidade de garantir que a competição entre as duas maiores economias do mundo não vire um conflito.
Por Michael Martina e David Brunnstrom e Gabriel Crossley
WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, conversaram por telefone durante 90 minutos na quinta-feira, seu primeiro diálogo em sete meses, debatendo a necessidade de fazer com que a competição entre as duas maiores economias do mundo não termine em um conflito.
O lado norte-americano disse que “gestos falarão mais que palavras” para se ver se o impasse pode ser superado agora que os laços entre as superpotências estão em seu pior momento em décadas.
Em um comunicado, a Casa Branca disse que Biden e Xi tiveram uma “conversa abrangente e estratégica” que incluiu áreas nas quais interesses e valores convergem e divergem. A conversa se concentrou em temas econômicos, a mudança climática e a Covid-19, disse uma autoridade de alto escalão dos EUA aos repórteres.
“O presidente sublinhou o interesse duradouro dos Estados Unidos na paz, estabilidade e prosperidade do Indo-Pacífico e do mundo, e os dois líderes debateram a responsabilidade das duas nações para garantir que a competição não rume para o conflito”, acrescentou a Casa Branca.
Reuniões ocasionais de alto nível desde a primeira conversa telefônica entre Xi e Biden em fevereiro renderam poucos avanços em questões que vão dos direitos humanos à transparência a respeito da origem da Covid-19.
Nos meses transcorridos, os dois lados se repreenderam quase constantemente, muitas vezes com ataques públicos virulentos, sanções a autoridades e críticas ao descumprimento de obrigações internacionais.
A mídia estatal chinesa relatou que Xi disse a Biden que a política norte-americana para a China impõe “dificuldades sérias” às relações, mas acrescentou que os dois lados concordaram em manter contato frequente e pedir que equipes de trabalho intensifiquem as comunicações.
“A China e os Estados Unidos deveriam… mostrar coragem estratégica e discernimento, e ousadia política, e reencaminhar as relações sino-norte-americanas para o rumo certo do desenvolvimento estável o mais cedo possível”, disse a mídia estatal citando Xi.
As moedas e os mercados de ações asiáticos se fortaleceram, já que os investidores supuseram que a conversa pode suavizar o relacionamento entre os dois parceiros comerciais mais importantes de economias regionais.
Xi disse que, se “preocupações centrais” das duas partes forem respeitadas, avanços diplomáticos ainda podem ser feitos na área da mudança climática, acrescentando que o tema poderia acrescentar “fatores positivos” ao relacionamento.
(Reportagem adicional de Ryan Woo em Pequim e David Stanway em Xangai)
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