BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou que irá pedir ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, uma data para que o uso de máscaras como proteção contra a Covid-19 deixe de ser obrigatório no país.
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro afirmou que irá pedir ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, uma data para que o uso de máscaras como proteção contra a Covid-19 deixe de ser obrigatório no país.
Em entrevista a uma rádio do Vale da Ribeira (SP), Bolsonaro lembrou que já havia pedido um estudo ao ministro sobre o tema e repetiu que, com a maior parte da população vacinada ou que já teve Covid-19 as máscaras não seriam mais necessárias.
Evidências científicas mostram que mesmo pessoas vacinadas ou que já tiveram a doença podem ser infectadas e, mesmo que sejam assintomáticas ou tenham sintomas leves, podem contaminar outros que não puderam ser imunizados.
O Brasil hoje chega próximo a 60% da população com ao menos uma dose da vacina, mas apenas cerca de 25% foi totalmente imunizada.
Como lembrou o próprio presidente, no entanto, a obrigatoriedade do uso de máscaras é uma decisão de Estados e municípios, e não da União.
Bolsonaro ainda voltou a atacar as vacinas, dizendo que ainda são experimentais, o que não é verdade, e atacou a vacina chinesa CoronaVac –sem citá-la nominalmente–, afirmando que mesmo pessoas com duas doses estão ficando doentes e que o instituto Butantan, que fabrica a vacina no Brasil, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) “terão que responder sobre isso”.
Até agora, os dados mostram que a CoronaVac tem sido eficaz em prevenir casos graves e mortes, mas o alto grau ainda de circulação de vírus no Brasil não impede a contaminação, e pessoas idosas e com comorbidades correm risco de agravamento, mesmo vacinadas.
A Reuters, o departamento de notícias e media da Thomson Reuters, é o maior fornecedor de notícias multimédia internacional do mundo, chegando a mais de mil milhões de pessoas todos os dias. A Reuters fornece notícias sobre negócios, financeiras, nacionais e internacionais de confiança a profissionais através dos computadores da Thomson Reuters, das organizações de meios de comunicação social mundiais, e diretamente aos consumidores na Reuters.com e através da Reuters TV.