SÃO PAULO (Reuters) - A Camil Alimentos informou na noite de terça-feira que a sua controlada Camilatam Ecuador fechou acordo avaliado em 36,5 milhões de dólares para adquirir os ativos, direitos, marcas e contratos relacionados aos negócios de produção e processamento de arroz da Agroindustrias Dajahu.
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) – A Camil Alimentos fechou acordo avaliado em 36,5 milhões de dólares para adquirir uma produtora e processadora de arroz no Equador, expandindo agora a atuação para cinco países da América do Sul em linha com sua estratégia de crescimento, disse um diretor nesta quarta-feira.
O acordo inclui direitos, marcas e contratos relacionados aos negócios da Agroindustrias Dajahu, além da totalidade das ações de emissão da companhia Transportes Ronaljavhu no Equador, informou a empresa na noite de terça-feira.
A Camil, que atua no Brasil, Uruguai, Chile e Peru, avalia que a aquisição de uma das líderes em arroz no Equador ainda traz potencial de crescimento para outros produtos, em um segundo momento, assim como aponta para expansões em outros países sul-americanos.
“Em um primeiro momento, queremos conhecer o mercado, crescer no segmento de arroz, e depois… entrar em outras categorias, na parte do pescado o Equador é fornecedor grande no setor de atum”, disse o diretor financeiro da Camil, Flávio Vargas, à Reuters.
“Ali, futuramente podemos olhar, com o conhecimento local, conseguir alavancar outros negócios, mas no primeiro momento é crescer em arroz”, acrescentou ele.
No chamado “arroz envelhecido”, um produto premium, a Dajahu tem fatia de mercado de 20% no Equador, enquanto detém 7% de participação das vendas totais de arroz no país.
Segundo ele, a aquisição é “relativamente pequena” considerando o tamanho da Camil, mas está dentro da estratégia da companhia, que tem conseguido ampliar os negócios adquiridos com ganhos de eficiência e sinergias.
Vargas disse ainda que a Camil vê oportunidades em países como Colômbia, Argentina e Venezuela, mas aguarda o melhor “timing” político e econômico.
“Mas são países que mantemos no radar”, destacou.
No Brasil, ele considerou que o consumo de arroz continua forte, e o mercado está mais favorável para operações de fusões e aquisições, considerada a melhor forma de ganhar participação no segmento.
Diferentemente do que acontece em outras nações onde atua, em que o foco é o mercado de arroz, no Brasil a companhia comercializa, além de grãos, o açúcar refinado, com as marcas União e Da Barra, e também os enlatados Coqueiro e Pescador.
A empresa disse ainda que celebrou com a IFC uma carta-mandato para o financiamento de 100% da aquisição no Equador. A concessão do empréstimo está sujeita à realização de diligências e a negociação dos contratos definitivos.
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