PEQUIM (Reuters) - Atormentados pelo aumento das restrições de energia que têm interrompido as operações industriais, os produtores e fabricantes chineses de commodities podem finalmente estar recebendo algum alívio.
Por Min Zhang e Shivani Singh
O principal planejador econômico de Pequim, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, informou nesta sexta-feira que trabalhará para resolver a escassez de energia que afeta a produção desde junho e se intensificou nas últimas semanas com o início de novas medidas ambiciosas para controlar as emissões.
A entidade apontou o setor de fertilizantes dependente de gás está sendo particularmente afetado, e pediu aos principais produtores de energia do país que cumpram seus contratos de fornecimento completos para os fabricantes desse insumo agrícola.
O impacto da restrição, entretanto, foi amplo. Pelo menos 15 empresas chinesas listadas que produzem uma variedade de materiais e bens –de alumínio e produtos químicos a tintas e móveis– disseram que sua produção foi interrompida por cortes de energia.
Isso inclui a Yunnan Aluminium, unidade do grupo metalúrgico estatal chinês Chinalco, que reduziu sua meta de produção de alumínio para 2021 em mais de 500.000 toneladas ou quase 18%.
Uma unidade de Yunnan da Henan Shenhuo Coal & Power também disse que não atingirá sua meta de produção anual. Isso apesar de a matriz ter transferido cerca de metade de sua capacidade de alumínio para a província do sudoeste para aproveitar os abundantes recursos hidrelétricos locais.
As autoridades provinciais intensificaram a fiscalização das restrições às emissões depois que apenas 10 das 30 regiões conseguiram atingir suas metas de energia na primeira metade do ano, enquanto nove províncias e regiões aumentaram seu consumo de energia anualmente.
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