SÃO PAULO (Reuters) - O dólar rondava estabilidade nos primeiros minutos da sessão desta quarta-feira, num dia que já promete ser de menor liquidez à medida que o Natal se aproxima, com investidores analisando a aprovação do Orçamento de 2022 e à espera de dados nos Estados Unidos.
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar aprofundou as perdas na tarde desta quarta-feira, indo abaixo da marca psicológica de 5,70 reais, conforme a moeda norte-americana acelerou a queda no exterior em meio a uma tomada de fôlego do apetite global por risco.
Às 15:26 (de Brasília), o dólar à vista recuava 1,00%, a 5,6818 reais na venda. Na mínima, atingida agora à tarde, a cotação foi a 5,675 reais (-1,12%), depois de na máxima bater 5,7442 reais (+0,08%).
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,13%, a 5,6905 reais.
A intensificação das perdas do dólar aqui coincidiu com o fortalecimento dos mercados de ações em Wall Street, que subiam entre 0,6% e 0,8% depois de uma manhã morna. Ao mesmo tempo, o dólar caía 0,3% ante uma cesta de moedas. As moedas emergentes aceleraram os ganhos para 0,75%.
No campo doméstico e na seara fiscal –um dos principais guias da taxa de câmbio neste ano–, os agentes financeiros se debruçavam sobre o Orçamento de 2022, aprovado na véspera pelo Congresso. O parecer prevê que, após a aprovação das emendas constitucionais que alteraram a forma de pagamento dos precatórios, será criada uma margem fiscal para o próximo ano de 113,1 bilhões de reais, valor superior à estimativa do governo federal de 106 bilhões de reais.
“Após o alargamento do teto de gastos e o não pagamento de precatórios, o Orçamento de 2022 parece crível, mas não será executado sem desafios”, disse a XP em nota.
Em meio à menor liquidez típica de fim de ano, o Banco Central proveu dólares ao mercado. A autoridade monetária vendeu o lote integral ofertado de 700 milhões de dólares em swaps cambiais “novos” e, posteriormente, adiou o vencimento de 731 milhões de dólares nesses derivativos.
(Por José de Castro)
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