SÃO PAULO (Reuters) -O dólar subia nesta segunda-feira e no mercado futuro voltou a superar 5,50 reais, com investidores repercutindo o mau humor externo após dados mais fracos da economia chinesa, enquanto o Banco Central ofertará nesta sessão lote menor de swaps cambiais para dar liquidez ao mercado.
SÃO PAULO (Reuters) -O dólar acelerou fortemente os ganhos frente à moeda brasileira nesta segunda-feira, saltando bem mais de 1% e superando 5,54 reais, com operadores capturando o clima externo negativo e aparentemente testando a disposição do Banco Central de intervir no mercado.
Ruídos sobre nova greve de caminhoneiros e expectativas por votação da PEC dos Precatórios na Câmara nesta semana adicionavam cautela ao dia.
O dólar à vista subia 1,37%, a 5,5292 reais, às 10h57. A moeda brasileira tinha o pior desempenho global entre seus principais pares nesta sessão.
O dólar está em alta desde o começo dos negócios, com acréscimo de 0,11%, a 5,4607 reais, na mínima. Mas logo depois a moeda tomou fôlego e desde então vem em curva ascendente, batendo uma máxima de 5,5440 reais, valorização de 1,64%.
Isso apesar de o Banco Central já ter irrigado nesta manhã o mercado com 500 milhões de dólares em dinheiro “novo”, na forma de contratos de swap cambial tradicional. O volume, porém, foi apenas metade do ofertado diariamente entre quarta e sexta da semana passada.
A maior presença do Bacen no mercado de câmbio na semana passada, em que o dólar chegou a superar 5,57 reais na quarta-feira, permitiu que a moeda fechasse em queda de cerca de 1% na semana.
Mas os compradores de dólar já nesta manhã encontraram terreno após dados mais fracos do PIB da China, maior parceiro comercial do Brasil, elevando preocupações acerca da retomada econômica global.
“Condições financeiras globais mais apertadas e crescimento mais fraco e a crise energética na economia da China provavelmente manterão o apetite por risco limitado e a volatilidade em foco, adicionando fraqueza ao real”, disseram estrategistas do Société Générale em nota.
“O alto prêmio de risco, devido à incerteza política, provavelmente manterá elevadas as taxas de juros dos trechos longos da curva e o real sob pressão de enfraquecimento”, acrescentaram os profissionais, chamando atenção para o fator político doméstico, recorrentemente citado em análises.
(Por José de CastroEdição de Luana Maria Benedito)
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