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Dólar recua ante real com possibilidade de veto a fundo eleitoral

Por :
Reuters
Atualizado: Aug 17, 2021, 16:25 UTC

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar apresentava pouca movimentação em relação ao real nos primeiros negócios desta terça-feira, com os investidores à espera de indicadores econômicos norte-americanos que podem oferecer pistas sobre os próximos passos de política monetária do Federal Reserve.

Dólar tem pouca alteração contra real antes de dados dos

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar voltava a cair contra o real nesta terça-feira, com investidores repercutindo notícia de que o presidente Jair Bolsonaro poderia vetar o “fundão” eleitoral aprovado pelo Congresso, enquanto aguardavam a votação da reforma do Imposto de Renda.

Bolsonaro afirmou nesta terça-feira ter intenção de vetar parcialmente o valor do fundo, atualmente de 5,7 bilhões de reais, mas, se não for possível o veto parcial, optará pelo veto completo.

“Bolsonaro quer vetar os gastos com o ‘fundão’ e, ao mesmo tempo, os investidores estão na expectativa de que o projeto do Imposto de Renda seja aprovado sem taxação de dividendos, e isso fortalece o real frente ao dólar”, disse à Reuters Lucas Schroeder, diretor de operações da Câmbio Curitiba.

A Câmara dos Deputados vota nesta terça-feira o projeto que altera regras do Imposto de Renda, parte do conjunto de medidas que integram a reforma tributária em tramitação no Congresso.

Às 13:02, o dólar recuava 0,45%, a 5,2572 reais na venda, após tocar 5,2367 reais na mínima intradiária. Mais cedo, a moeda chegou a ser negociada brevemente em território positivo, indo a 5,3003 reais na máxima do dia, alta de 0,36%.

Depois de superar os 5,30 reais, o dólar logo começou a devolver os ganhos, em parte devido a um movimento de realização de lucros, disse Schroeder, uma vez que esse é um patamar técnico importante.

Enquanto isso, no exterior, a moeda norte-americana apresentava comportamento inverso, ganhando força contra a maioria de seus pares. O índice do dólar subia 0,5% nesta manhã.

“As preocupações dos investidores com os possíveis impactos da variante Delta sobre o processo de reabertura pesam sobre os negócios nesta manhã”, explicaram em nota analistas do Bradesco.

Ao mesmo tempo, a tensão geopolítica no Afeganistão tem sido fator de estresse internacional, levando investidores internacionais a buscar refúgio no dólar, apontou Schroeder, da Câmbio Curitiba.

O contrato mais líquido de dólar futuro rondava estabilidade, a 5,2700 reais. A taxa de câmbio no mercado futuro pouco se mexia depois de na véspera ter quase zerado a alta até o fim dos negócios, às 18h (de Brasília).

A cotação no mercado spot, porém, manteve-se em firme alta, uma vez que encerrou às 17h –não acompanhando, assim, a correção vista nos contratos de dólar da B3. O dólar à vista subiu 0,67%, a 5,2812 reais, maior nível desde 26 de maio (5,3127 reais).

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