(Reuters) - A embaixadora dos Estados Unidos na Rússia, Lynne Tracy, disse nesta segunda-feira que fez sua primeira visita ao repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich, que o governo de Moscou prendeu há duas semanas sob a acusação de espionagem.
(Reuters) – A embaixadora dos Estados Unidos na Rússia, Lynne Tracy, disse nesta segunda-feira que fez sua primeira visita ao repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich, que o governo de Moscou prendeu há duas semanas sob a acusação de espionagem.
“Ele está se sentindo bem e está aguentando. Reiteramos nosso pedido pela libertação imediata de Evan”, disse Tracy em um comunicado em russo no aplicativo de mensagens Telegram.
Gershkovich, que foi contratado pelo Wall Street Journal pouco antes de a Rússia invadir a Ucrânia no ano passado, foi preso no mês passado na cidade de Yekaterinburg, na região dos Urais. É a primeira vez desde 1986 que um repórter norte-americano é detido por supostos atos de espionagem na Rússia.
o jornal rejeitou a acusação, que acarreta uma sentença de até 20 anos de prisão. A Casa Branca classificou a detenção como “ridícula”, e o presidente norte-americano Joe Biden disse que a detenção de Gershkovich é “totalmente ilegal”.
Tracy não disse quanto tempo passou com o repórter no centro de detenção pré-julgamento de Lefortovo, em Moscou. A visita ocorreu na véspera de uma audiência para avaliar no tribunal o recurso de Gershkovich contra sua detenção.
Em Washington, a Casa Branca disse que espera obter acesso consular regular a Gershkovich. “Foi bom vê-lo hoje e novamente queremos ter certeza de que podemos continuar fazendo isso”, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby.
O serviço de segurança FSB acusou Gershkovich de coletar segredos de Estado sobre o complexo militar-industrial da Rússia. O Kremlin diz que ele foi “pego em flagrante”, mas não publicou nenhuma evidência para apoiar essa afirmação.
Na semana passada, os Estados Unidos designaram Gershkovich como “detido injustamente”, dizendo que as acusações de espionagem eram falsas e que o caso tem motivação política.
(Reportagem da Reuters)
((Tradução Redação São Paulo))
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