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Kremlin: jornalistas estrangeiros podem continuar trabalhando na Rússia

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Reuters
Publicado: Mar 31, 2023, 14:16 UTC

MOSCOU (Reuters) - O Kremlin disse nesta sexta-feira que todos os jornalistas estrangeiros credenciados podem continuar trabalhando na Rússia, um dia depois que um repórter do Wall Street Journal foi detido por acusações de espionagem apresentadas pela agência de segurança FSB.

Porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov em Moscou

MOSCOU (Reuters) – O Kremlin disse nesta sexta-feira que todos os jornalistas estrangeiros credenciados podem continuar trabalhando na Rússia, um dia depois que um repórter do Wall Street Journal foi detido por acusações de espionagem apresentadas pela agência de segurança FSB.

O Kremlin afirmou que Evan Gershkovich estava realizando espionagem “sob o disfarce” do jornalismo. A Rússia não publicou nenhuma evidência para apoiar as acusações — o primeiro caso deste tipo contra um repórter norte-americano desde o fim da Guerra Fria — que foram negadas pelo WSJ.

“Todos os jornalistas que têm credenciamento válido aqui — quero dizer jornalistas estrangeiros — podem e continuam suas atividades jornalísticas no país. Eles não enfrentam nenhuma restrição e estão trabalhando bem”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres nesta sexta-feira.

Gershkovich, que é um repórter credenciado, foi preso em Yekaterinburg sob acusações classificadas pelo governo dos EUA e por aqueles que o conhecem como falsas. Um tribunal de Moscou ordenou que ele fosse mantido em prisão preventiva até pelo menos 29 de maio.

O caso — a ação mais séria contra um repórter ocidental na Rússia em décadas — ameaça piorar ainda mais as já tensas relações entre EUA e Rússia.

Grupos de direitos civis criticaram a ação como a mais recente escalada na campanha da Rússia para reprimir todo jornalismo independente que se intensificou com o endurecimento das leis de censura desde que a Rússia enviou suas Forças Armadas à Ucrânia.

Peskov repetiu na sexta-feira a afirmação de que Gershkovich foi “pego em flagrante”, mas se recusou a entrar em detalhes sobre o caso, que foi mantido em segredo até mesmo pela equipe jurídica do repórter.

Ele também exortou Washington a não responder expulsando jornalistas russos que trabalham nos Estados Unidos.

(Reportagem da Reuters)

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