OSLO (Reuters) - A norueguesa Equinor divulgou seu resultado trimestral mais forte em nove anos, nesta quarta-feira, impulsionado por uma crise global de fornecimento de energia que empurrou os preços do gás natural na Europa para níveis recordes e elevou o valor dos contratos de derivativos.
Por Nerijus Adomaitis e Nora Buli
A Equinor tem a maior exposição aos preços do gás à vista entre as grandes empresas de petróleo, e seus resultados vêm antes dos resultados da Shell nesta semana e da BP na próxima.
A Equinor disse que aumentará drasticamente as recompras de ações nos próximos meses, mantendo um nível de dividendo trimestral de 0,18 dólar por ação.
O lucro ajustado antes dos impostos subiu para 9,77 bilhões de dólares no trimestre julho-setembro, ante 780 milhões de dólares, excedendo os 8,4 bilhões de dólares previstos em uma pesquisa com 25 analistas compilada pela Equinor.
“O atual nível sem precedentes e a volatilidade nos preços do gás na Europa ressaltam a incerteza no mercado”, disse o CEO Anders Opedal em um comunicado.
A Noruega é o maior produtor de petróleo e gás da Europa Ocidental, bombeando cerca de 4 milhões de barris de óleo equivalente por dia. No ano passado, forneceu 22% do gás consumido na União Europeia, mostraram dados do governo norueguês.
A Equinor disse que buscará impulsionar as exportações de gás de gasoduto para a Europa, aumentando a produção dos campos de Troll e Oseberg, bem como reduzindo as injeções de gás normalmente usadas para bombear petróleo.
A confluência de fatores que impulsionam os preços globais do gás provavelmente não será permanente, disse Opedal.
“Isso gera receitas mais altas para a Equinor, mas também é um lembrete de como os preços das commodities oscilam”, afirmou ele em entrevista coletiva. “Não mudamos nossas projeções de preços de longo prazo.”
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