DUBAI (Reuters) - Ministros da Opep+ tentarão salvar nesta segunda-feira as negociações do grupo sobre sua política de produção de petróleo, após terem atingido um impasse na semana passada, quando os Emirados Árabes Unidos se opuseram a uma extensão de oito meses às restrições de oferta.
Por Rania El Gamal e Ahmad Ghaddar e Alex Lawler
DUBAI (Reuters) – Ministros da Opep+ cancelaram negociações do grupo sobre sua política de produção de petróleo nesta segunda-feira, após terem atingido um impasse na semana passada, quando os Emirados Árabes Unidos se opuseram a uma extensão de oito meses às restrições de oferta.
O ministro da Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, pediu no domingo por “compromisso e racionalidade” para que um acordo seja garantido, após dois dias de negociações fracassadas na última semana.
Mas, nesta segunda-feira, fontes da Opep+ disseram que não houve progresso em solucionar a questão, e a reunião foi cancelada. Nenhuma nova data foi acordada.
O insucesso para um acordo significa que um esperado aumento de produção a partir de agosto não vai acontecer.
A alta na produção era aguardada para ajudar a acalmar os preços do petróleo, que têm operado em máximas de dois anos e meio, com o Brent girando em torno de 76 dólares por barril nesta segunda-feira.
Esses preços têm gerado temores com a possibilidade de a inflação prejudicar a recuperação global após a pandemia de coronavírus.
No ano passado, a Opep+ fechou um acordo para retirar cerca de 10 milhões de barris por dia (bpd) do mercado, diante dos efeitos da pandemia. Esses cortes de produção têm sido flexibilizados gradualmente, e neste momento atingem cerca de 5,8 milhões de bpd.
Os Emirados Árabes, de acordo com fontes, concordaram na sexta-feira com a Arábia Saudita e outros membros da Opep+ em uma proposta de que a produção seja elevada por fases, em cerca de 2 milhões de bpd, entre agosto e dezembro. O país rejeitou, no entanto, que os cortes remanescentes de oferta sejam prorrogados até o final de 2022, ante pacto atual que prevê o fim das restrições em abril do ano que vem.
Os Emirados Árabes Unidos estão descontentes com a base a partir da qual seus cortes de produção estão sendo calculados e querem aumentá-la.
Abu Dhabi investiu bilhões de dólares para aumentar sua capacidade de produção e diz que sua base para o acordo foi definida como muito baixa quando a Opep+ originalmente forjou seu pacto.
(Reportagem de Equipe Opep)
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