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Rússia diz que Opep+ prioriza estratégia de médio prazo frente a apelo dos EUA

Por :
Reuters
Atualizado: Dec 29, 2021, 14:48 UTC

MOSCOU (Reuters) - O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse nesta quarta-feira que o grupo Opep+, formado pelos maiores produtores de petróleo do mundo, tem resistido aos apelos dos Estados Unidos para aumentar a produção porque quer fornecer ao mercado uma orientação clara e não desviar da política.

Logo da Opep durante reunião do grupo em Argel, na Argélia

MOSCOU (Reuters) – O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse nesta quarta-feira que o grupo Opep+, formado pelos maiores produtores de petróleo do mundo, tem resistido aos apelos dos Estados Unidos para aumentar a produção porque quer fornecer ao mercado uma orientação clara e não desviar da política.

Os Estados Unidos têm pressionado repetidamente a Opep+ para acelerar os aumentos de produção à medida que os preços da gasolina nos EUA disparam e os índices de aprovação do presidente Joe Biden recuam. Diante da resistência, Washington disse em novembro que o país e outros consumidores liberariam reservas estratégicas.

Questionado por que a Opep+ rejeitou os pedidos, Novak disse que a Opep+ tem uma visão de longo prazo.

“Acreditamos que seria correto que o mercado mostrasse no médio prazo como aumentaremos a produção à medida que a demanda crescer”, disse ele à RBC.

“As empresas produtoras devem entender de antemão quais investimentos precisam prever para garantir o aumento da produção.”

A Opep e seus aliados concordaram no início deste mês em manter sua política existente de aumento mensal da produção de petróleo, apesar dos temores de que uma liberação das reservas de petróleo dos EUA e a nova variante Ômicron do coronavírus levariam a uma nova derrocada do preço do petróleo.

Novak também disse que a possível liberação de estoques estratégicos pelos EUA e outros grandes consumidores terá impacto limitado de curto prazo no mercado de petróleo.

Ele disse que a demanda global por petróleo deverá aumentar cerca de 4 milhões de barris por dia (bpd) no próximo ano, após um aumento de até 5 milhões de bpd neste ano.

Novak disse que um patamar de preço do petróleo entre 65 e 80 dólares por barril seria confortável no próximo ano. Atualmente, o petróleo está sendo negociado abaixo de 80 dólares.

(Reportagem de Olesya Astakhova e Vladimir Soldatkin)

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