SÃO PAULO (Reuters) - Uma pesquisa realizada junto a produtores da região centro-sul constatou que a oferta de cana-de-açúcar esperada para a safra 2021/2022 deve ser reduzida para 530 milhões de toneladas, "com viés de baixa", considerando o impacto das geadas e de focos de incêndio nos últimos dias, afirmou a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) em relatório nesta terça-feira.
Caso esse volume se confirme –uma vez que o setor ainda levanta outros impactos das geadas, em uma safra que sofreu também com problemas de seca–, a moagem de cana na principal área do Brasil cairia ao menos cerca de 12,5% na comparação anual.
No acumulado do ciclo agrícola atual, a retração na produtividade agrícola é de 12,8%, para 75,1 toneladas/hectare, conforme dados relatados pela associação.
O diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, explicou que “a queda de produtividade mais intensa em julho e agosto já era esperada, pois nesse período foi colhida muita cana impactada pela geada”.
“O fenômeno climático exigiu uma alteração significativa na dinâmica da colheita, prejudicando ainda mais o rendimento da lavoura colhida”, comentou Padua.
A Unica informou ainda que na primeira metade de agosto 46,84% da cana-de-açúcar foi destinada à produção de açúcar, ante 47,69% registrados na mesma data de 2020.
A produção do adoçante retraiu 7,48% na última quinzena e atingiu 2,99 milhões de toneladas fabricadas, em meio a um recuo de 4,2% na moagem de cana.
O volume fabricado de etanol alcançou 2,22 bilhões de litros na primeira quinzena de agosto, queda de 2,8%.
(Por Roberto Samora e Marcelo Teixeira, em Nova York)
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