SÃO PAULO (Reuters) - As geadas que recentemente atingiram os Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná levaram a consultoria StoneX a reduzir nesta quinta-feira sua projeção para a segunda safra de milho 2020/21 do Brasil a 60,45 milhões de toneladas, ante 62 milhões estimados no mês anterior.
SÃO PAULO (Reuters) – As geadas que recentemente atingiram os Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná levaram a consultoria StoneX a reduzir nesta quinta-feira sua projeção para a segunda safra de milho 2020/21 do Brasil a 60,45 milhões de toneladas, ante 62 milhões estimados no mês anterior.
Com isso, a expectativa para a produção total do cereal no país –que já havia sido afetada pela seca– também caiu de 89,68 milhões de toneladas para 87,93 milhões de toneladas, conforme levantamento.
No ano passado, o Brasil produziu, ao todo, 102,5 milhões de toneladas de milho.
“Por ter ocorrido recentemente, ainda não é possível ter uma percepção exata dos reais impactos da geada e, portanto, novos ajustes não podem ser descartados”, disse em nota o analista de mercado da StoneX João Pedro Lopes.
Após problemas climáticos, as safras de milho do Paraná e de Mato Grosso do Sul, dois dos principais Estados produtores do cereal no país, ficaram em 6,74 milhões de toneladas e 6,68 milhões, respectivamente.
Em relação à projeção de junho, a consultoria baixou em 880 mil toneladas a projeção para os paranaenses e viu 684 mil toneladas a menos para Mato Grosso do Sul.
De acordo com previsões meteorológicas da Rural Clima divulgadas nesta quinta-feira, o milho possivelmente será a cultura mais afetada por geadas no país ao longo desta semana. Anteriormente, o cereal viu parte de seu potencial perdido por um plantio tardio e diversos episódios de seca.
Neste cenário, a StoneX trouxe um novo corte para o número de exportação, de 1 milhão de toneladas, estimada agora em 20 milhões.
“Por outro lado, a demanda doméstica segue forte, ainda estimada em 71,5 milhões de toneladas, destacando que as importações ainda podem crescer em relação à estimativa atual de 2,5 milhões de toneladas.”
Ainda de acordo com a consultoria, os estoques finais de milho devem ficar em 9,54 milhões de toneladas, com uma relação estoque/uso de 10,4%.
(Por Nayara Figueiredo)
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