TAIPÉ (Reuters) - Taiwan acusou a China diretamente, nesta quarta-feira, de impedir um acordo de compra de vacinas contra Covid-19 com a alemã BioNTech, em uma troca de acusações que cresce desde que o governo da China ofereceu as vacinas à ilha por meio de uma empresa chinesa.
Por Yimou Lee e Ben Blanchard
Taiwan tem milhões de vacinas encomendadas da AstraZeneca e da Moderna, mas só recebeu pouco mais de 700 mil até agora e só conseguiu vacinar cerca de 1% de sua população em um momento de disparada de casos.
Embora Taiwan tenha dito anteriormente que não conseguiu assinar um contrato final com a BioNTech, só havia sugerido que a culpa era da pressão chinesa.
A China reivindica Taiwan como seu próprio território e pressiona países e empresas com frequência para limitar seus negócios com a ilha.
Em comentários feitos em uma reunião do Partido Democrático Progressista governista de Taiwan, a presidente Tsai Ing-wen disse que encomendas de vacinas da AstraZeneca e da Moderna foram feitas “tranquilamente”.
“Quanto à alemã BioNTech, estávamos perto de finalizar o contrato com a fábrica alemã original, mas, por causa da intervenção da China, até agora não houve maneira de finalizá-lo”, disse.
Taiwan, que tem mais de 23 milhões de habitantes, comprou quase 30 milhões de vacinas, disse Tsai, sem dar detalhes.
A BioNTech não quis comentar as falas de Tsai, mas acrescentou que “apoiamos o suprimento global de vacinas”. A China nega tentar bloquear vacinas para Taiwan, e se oferece para fornecê-las ela mesma à ilha como gesto de boa vontade.
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