Na Ásia, bolsas sobem, apesar de dados de inflação ruim
Os mercados asiáticos corrigiram as quedas do dia anterior, apesar da piora dos últimos dados econômicos divulgados.
Nos EUA, os dados divulgados na quarta-feira (10/11) mostraram que o índice de preços ao consumidor (IPC) cresceu 6,2% no comparativo anual e 0,9% no comparativo mensal.
O núcleo do IPC, índice levado em conta pelo Federal Reserve (Fed) na hora de avaliar a inflação, aumentou 4,6% no comparativo anual e 0,6% no comparativo mensal em outubro.
Já o índice de preços ao produtor (PPI) cresceu 0,6% no comparativo mensal e 8,6% no comparativo anual. O núcleo do PPI cresceu 0,4% no comparativo mensal.
A alta inflação também continua sendo uma preocupação na China. De acordo com os dados divulgados, também na quarta-feira, mostraram que o IPC cresceu 0,7% no mês-a-mês e 1,5% no ano-a-ano em outubro. No acumulado de 12 meses, o PPI cresceu 13,5%.
Por fim, o mercado também precifica os dados de emprego australianos divulgados no início do dia, que revelaram um aumento na taxa de desemprego para 5,2%.
Preocupação com a política monetária
A inflação acima do esperado também trouxe expectativas de que os bancos centrais aumentariam as taxas de juros.
Os dados da China e dos EUA vem servindo de base para o argumento de que as pressões inflacionárias são temporárias.
No entanto, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, na terça-feira manteve sua visão de que a alta inflação não persistirá além de 2022 e que o Federal Reserve dos EUA trabalhará para evitar uma repetição do nível de inflação dos anos 1970.
Alguns investidores estão apostando que o Fed aumentará as taxas assim que concluir a redução dos ativos em meados de 2022.
“Este é o momento perfeito para gravitar em direção a jogos defensivos, obter lucro e estar nos setores estrategicamente posicionados em relação a este mercado volátil que apresenta muitos desafios”, disse a analista do Morgan Stanley, Katerina Simonetti, ao portal Bloomberg.
Os investidores também continuaram preocupados com o fato de a recuperação econômica da China a partir do COVID-19 estar mostrando sinais de desaceleração.
Do lado positivo, temos a notícia de que o China Evergrande Group mais uma vez evitou a inadimplência após pagar os juros vencidos de três títulos em dólares americanos.
Por fim, a quinta-feira também é marcada pelo encerramento da reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês e deve abrir o caminho para um terceiro mandato sem precedentes para o presidente Xi Jinping.
Também na quinta-feira acontece o festival anual de compras do Dia dos Solteiros da China.
Bolsas na Ásia
O Nikkei 225 do Japão fechou com variação de 1 ,06%, aos 29,374.30 pontos.
Na Austrália, o ASX 200 se manteve estável, cotado aos 7,418.35 pontos.
O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 1,52%.
O Shanghai Composite da China ganhou 1,15%, com cotação chegando aos 3.532,79 pontos.