PEQUIM (Reuters) - As expectativas de afrouxamento no curto prazo na China enfraqueceram e o iuan se fortaleceu nesta quarta-feira depois que autoridades do banco central disseram que o país vai manter a política monetária prudente e que não há déficit na base monetária.
A China não irá recorrer a estímulo abundante, afirmou na terça-feira o vice-presidente do Banco do Povo da China, Pan Gongsheng, em entrevista à imprensa.
O espaço para a política monetária ainda é relativamente grande, disse Pan, em declarações que alguns analistas disseram mostrar que o banco central chinês pode conduzir a política monetária em uma faixa normal.
Sinais de que a economia da China está perdendo força e que pequenas empresas estão tendo dificuldades provocaram expectativas no mercado de suporte mais cedo do que tarde.
O banco central chinês cortou a taxa de compulsório dos bancos em julho, em movimento que surpreendeu muitos participantes do mercado.
Sinalizando suporte ao crescimento do crédito, o governo disse em 1 de setembro que o banco central vai aumentar as cotas anuais de reempréstimos em 300 bilhões de iuanes (46 bilhões de dólares) para ajudar pequenas empresas.
Mas as últimas declarações de autoridades do banco central esfriaram as expectativas no mercado de afrouxamento iminente, e o iuan subiu contra o dólar nesta quarta-feira.
Falando no mesmo evento, Sun Guofeng, chefe do departamento de política monetária, disse que não há um grande déficit na base monetária, e que a oferta e a demanda de liquidez permanecerão basicamente equilibradas nos próximos meses.
“Com base no tom e mensagens da entrevista à imprensa, reduzimos a probabilidade de um corte do compulsório em setembro-outubro para 50%, de 70% antes”, escreveu o Nomura em nota de pesquisa.
(Reportagem de Gabriel Crossley e Ryan Woo)
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