Por Lizbeth Diaz CIUDAD JUAREZ, MÉXICO (Reuters) - Eduard Caraballo gritou por socorro.
Por Lizbeth Diaz
CIUDAD JUAREZ, MÉXICO (Reuters) – Eduard Caraballo gritou por socorro.
Uma fumaça espessa e sufocante enchia a cela onde ele estava detido com mais de 60 outros migrantes no norte do México, mas não havia saída. A única porta estava trancada.
“Gritamos para que abrissem a porta da cela, mas ninguém nos ajudou”, disse Caraballo, 26, aos prantos durante uma entrevista por telefone de sua cama de hospital.
Uma a uma, as pessoas começaram a morrer, disse ele.
No total, 40 pessoas morreram no incêndio na segunda-feira passada, segundo dado atualizado pelo Ministério de Segurança do México nesta segunda-feira, em uma das tragédias migratórias mais mortais dos últimos anos.
Os promotores mexicanos dizem que estão investigando o incêndio como um possível homicídio e prenderam cinco pessoas na semana passada em conexão com o incidente. A investigação está se concentrando em por que os migrantes do sexo masculino detidos no centro parecem ter sido deixados em suas celas enquanto o fogo tomava o ambiente, enquanto as mulheres detidas foram retiradas com segurança de uma cela vizinha.
As autoridades atribuíram o incêndio a um imigrante que supostamente incendiou colchões para protestar contra a deportação iminente.
Caraballo, um imigrante venezuelano, disse que sobreviveu encharcando o suéter com água, cobrindo o rosto e indo ao banheiro nos fundos da cela.
No sábado, Caraballo foi transferido para um hospital em El Paso depois que ele e sua família receberam liberdade condicional humanitária para entrar nos Estados Unidos. Ele ainda está com suporte de oxigênio e sendo tratado por exposição à fumaça.
(Reportagem de Lizbeth Diaz)
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