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Primeiro-ministro espanhol pede desculpas por brecha em reforma da lei sobre consentimento sexual

Por :
Reuters
Atualizado: Apr 16, 2023, 17:49 GMT+00:00

(Reuters) - O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, pediu desculpas em entrevista publicada neste domingo às vítimas de abuso sexual por conta de uma lei contra a violência sexual que incluía uma brecha permitindo que pelo menos 978 infratores presos tivessem suas sentenças reduzidas ou encerradas de maneira antecipada.

Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, em Roma durante visita oficial à Itália

(Reuters) – O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, pediu desculpas em entrevista publicada neste domingo às vítimas de abuso sexual por conta de uma lei contra a violência sexual que incluía uma brecha permitindo que pelo menos 978 infratores presos tivessem suas sentenças reduzidas ou encerradas de maneira antecipada.

A lei “Só Sim É Sim”, que surgiu em parte como resultado da indignação pública sobre o chamado caso “La Manada”, é baseada no consentimento e destinada a resolver casos em que os réus são condenados pelo crime menor de abuso sexual quando as vítimas não resistem por medo.

Mas como a nova lei traz uma sentença mínima mais baixa — como resultado da fusão dos crimes de abuso sexual e agressão — ela permitiu que alguns condenados buscassem com sucesso a redução de sentenças ou a liberdade antecipada.

Depois que a lei foi aprovada em outubro, as sentenças foram reduzidas em 978 casos, enquanto que outros 104 presos foram libertados até o dia 31 de março, disse o Conselho Geral do Judiciário — o órgão máximo de juízes — na semana passada.

“Algumas dessas liberações ou revisões de pena não são finais, ainda podem ser recorridas. Mas, de qualquer forma, houve um efeito indesejado que temos que resolver”, disse Sánchez em entrevista ao jornal El Correo.

“Se temos que pedir desculpas às vítimas, peço desculpas às vítimas.”

Essa questão dividiu a coalizão de governo, que já dura três anos, com os socialistas empenhados em reformar a lei, mas seus parceiros governistas, o Unidas Podemos, resistindo às sugestões.

(Reportagem de Graham Keeley)

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