SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil deverá elevar em 6,1% a área plantada com trigo na temporada 2023/24, para 3,48 milhões de hectares, apontou a consultoria StoneX nesta segunda-feira, indicando otimismo de produtores na primeira previsão de safra para o cereal da consultoria na nova temporada.
SÃO PAULO (Reuters) -O Brasil deverá elevar em 6,1% a área plantada com trigo na temporada 2023/24, para 3,48 milhões de hectares, apontou a StoneX nesta segunda-feira, indicando otimismo de produtores na primeira previsão de safra para o cereal da consultoria na nova temporada.
Se o clima for favorável para a safra que deve começar a ser semeada em breve, a produção poderá registrar um novo recorde de 11,3 milhões de toneladas, com alta de 2,7% ante a temporada passada.
“O sentimento no geral é de otimismo dos produtores, os quais tiveram boas margens no decorrer da temporada de 2022/23, apesar de quedas graduais dos preços”, afirmou a consultoria em relatório.
Ainda segunda a StoneX, os produtores avaliam que os custos da próxima temporada devem ser “ao menos semelhantes” aos da anterior.
A consultoria comentou que a safra anterior no Brasil foi muito boa, especialmente no Rio Grande do Sul, o que indica possibilidade de redução da produtividade em algumas áreas na comparação com 2022/23.
A safra do Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, foi estimada em 5,7 milhões de toneladas, queda de 2,2% na comparação com o ciclo passado, apesar de um aumento de área esperado de 5%.
IMPORTAÇÕES MAIORES
Mesmo com um crescimento da safra, a StoneX projeta um aumento nas importações pelo Brasil no ciclo 2023/24, devido a um cenário global de preços médios internacionais inferiores ao visto na última temporada.
“As regiões Norte, Nordeste e Sudeste poderão se beneficiar disso, e voltar a adquirir maiores volumes no mercado internacional”, disse o relatório.
As importações brasileiras na nova temporada estão estimadas em 6,15 milhões de toneladas, alta de 9,4% ante o ciclo anterior.
Já a exportações de trigo do Brasil deverão recuar 17,44%, para 2,13 milhões de toneladas, “considerando principalmente uma janela apertada para o escoamento da oferta nacional e maior competição com culturas de verão”.
Isso deverá resultar em estoques finais mais do que dobrando de tamanho, para 3,9 milhões de toneladas, na comparação com o ciclo anterior.
(Por Roberto Samora)
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